"TRISTÃO E ISOLDA"

Caros leitores,

O livro de outubro de nosso "Clube de Leitura" foi uma lenda medieval celta de amor intitulada "Tristão e Isolda".  Não há autor pois foi sendo passada boca a boca através dos anos na Grã-Bretanha.  Faz parte do ciclo arturiano e foi tema de uma das mais famosas óperas de Richard Wagner.

A história conta a relação amorosa, praticamente impossível, entre Tristão, o cavaleiro da Cornualha e Isolda, a princesa irlandesa.

Eu confesso que coloquei esse livro na lista do Clube de Leitura desse ano porque sempre quis conhecer essa lenda.  Nela há poções mágicas, plantas medicinais, reis, rainhas, cavaleiros, um anão e até um dragão.

Não contarei a história para que aqueles que desejarem lê-la não percam as surpresas, porém adianto que a história é cheia de aventuras, reviravoltas, intrigas, traições - tudo o que prende a atenção de um leitor mais exigente.

Boa Semana!

 

VAN GOGH

Olá leitores,

Esta semana meu marido e eu fomos numa exposição "imersiva" - palavra nova em uso, vem de imersão; no dicionário Aurélio o significado é : que faz imergir; próprio para imergir, realizado por imersão onde imergir é mergulhar, afundar - foi no Shopping Estação aqui em Curitiba - chama-se "Van Gogh e os impressionistas".  Um espetáculo maravilhoso onde a tecnologia fez toda a diferença.  Além dos painéis logo na entrada, explicando a história  de vida de Van Gogh, havia ao final uma loja vendendo artigos com suas pinturas: camisetas, cadernos, canecas, lenços de seda, calendários

A parte mais interessante que leva uma hora aproximadamente para apreciar é a apresentação das pinturas de Van Gogh e de alguns pintores impressionistas (Gauguin, Monet, Renoir, Cezanne) nas paredes e chão de um galpão - as imagens eram aumentadas como um tipo de filme (algumas tinham movimento), uma espécie de slides gigantescos e

juntamente com música clássica.  A exposição estava num piso de estacionamento do shopping preparado para esse evento. As pessoas podiam filmar, sentar-se no chão ou mesmo ficar em pé; foram também disponibilizados alguns carretéis gigantes para quem quisesse se sentar.  O chão estava recoberto com um tipo de carpete; foi o que notei apesar do escuro.

A ideia era apreciar as pinturas como se você estivesse imerso dentro delas.  A sensação era muito agradável.  As cores das pinturas estavam realmente originais.

Quando cursei psicologia, um dos meus TCCs foi sobre Van Gogh, o qual realizei com uma amiga.  Então, na época apresentamos o trabalho com slides dos quadros dele, os quais mandamos confeccionar numa empresa; as fotos dos quadros  para os slides foram tiradas de um livro sobre a vida dele; o livro tinha fotos de seus quadros. Por isso, conheço razoavelmente bem suas pinturas, e as cores das mesmas.

Nessa exposição eu realmente compreendi a grandeza de sua obra, principalmente comparada com os outros pintores (Van Gogh é expressionista enquanto que os outros são impressionistas).

A ideia, ao meu ver, desse espetáculo de cores, música é realmente fazer com que as pessoas que nunca viram seus quadros, ou até que não o conhecem  ou que nunca foram a uma galeria de arte, pudessem estar em contato com suas obras.

Infelizmente haviam pessoas que não entenderam, em realidade, o "espírito da coisa", se podemos dizer assim.

No início da filmagem apareceram alguns avisos, os quais foram praticamente todos "ignorados".

Dois deles foram: "Favor não encostar nas paredes" - a maioria das pessoas sentadas no chão estavam encostadas nas paredes; "Mantenham-se em silêncio" - muitos conversavam; a música estava alta então não foi tão problemático, entretanto duas crianças (de 3 e 5 anos aproximadamente) não paravam de gritar e de correr pelo local - os responsáveis pelo evento nada fizeram a esse respeito e os pais dessas crianças muito menos - estes perderam a oportunidade de explicar aos filhos o que era aquilo...

Felizmente o mundo não está perdido.  Havia um casal com um bebê de colo. Ao sair comentei com o pai da nenê que ela talvez não se lembrasse de nada depois.  Qual não foi minha surpresa quando ele disse que a trouxe propositalmente pelos estímulos visuais e sonoros - ele mesmo disse que ficou surpreso porque ela não se assustou, ao contrário, curtiu tudo - apreciou a arte com atenção.  A nenê tinha  4 meses de vida.  Achei fantástico!

Hoje meu blog tem uma surpresa - fiz duas pequenas filmagens da exposição.  Espero que gostem!

Aqueles que moram em Curitiba não podem perder.

Boa semana!

 

 

VOCÊ TEM CORAGEM DE SER UMA PESSOA DE BEM?

Caros leitores,

O texto de hoje teve como inspiração um filme que assisti há um tempo atrás.  O filme chama-se "Corajosos" e o assisti na plataforma da Brasil Paralelo, entretanto ele também está na Netflix.  O título é o mesmo no idioma original (inglês) - inclusive é um título dúbio - a coragem dos protagonistas encontra-se não somente em combater o crime (eles são policiais), mas em manter uma promessa entre eles - promessa esta que se constitui, a grosso modo, na honestidade, na responsabilidade como pais e cidadãos - em suma, a promessa de manterem-se íntegros como pessoas de bem.

A temática principal, entretanto, está no relacionamento deles com os filhos, como figuras de autoridade onde o exercício da paternidade deve se fazer presente.

O filme traz boas reflexões de como nossa vida deveria ser pautada a fim de contribuirmos para a melhoria da sociedade - cada um fazendo a sua parte. 

Numa aula de filosofia do Instituto Nova Acrópole Brasil que assisti no YouTube com a filósofa Lúcia Helena Galvão, intitulada "Você tem coragem de pensar diferente?", foi trazida a ideia que a maioria de nós somos pessoas de bem.  Para tanto, ela pede que reflitamos sobre todas as pessoas que conhecemos, que cruzaram nossa caminhada até hoje, nossos familiares, amigos e percebermos que a maioria delas são pessoas de bem - não são perfeitos, mas podemos dizer que não praticam, em sua maioria, maus atos.

Assim, o título que dei para esse texto foi também inspirado pelo título dessa aula: "Você tem coragem de ser uma pessoa de bem?"

A meu ver, uma pessoa de bem é aquela que é verdadeira, honesta, responsável, altruísta, que não julga o outro, entre outros adjetivos.  Ela não é perfeita, mas esforça-se para ser melhor a cada dia.

Então, será que é necessário ter coragem para ser uma pessoa de bem? Eu creio que sim.

Em primeiro lugar é preciso pensar por si próprio e não contaminar-se com ideias alheias que estão na moda e que muitas vezes adotamos para podermos nos sentir pertencentes a um grupo ou ao mundo. A moral e o ser bom faz parte de um conjunto de ideias que fomos adquirindo no decorrer de nossa vida e combinando com nossa personalidade, através da educação familiar e social. Não é qualquer ideia que nos torna uma pessoa de bem.

Uma das características que listei da pessoa de bem foi a de sermos altruístas.

Sempre, ao tomarmos uma decisão, buscamos nossos próprios interesses, eu digo sempre porque mesmo que nos movamos em direção ao interesse alheio, esse movimento também é de nosso interesse, principalmente se aprendemos ao longo do tempo que o outro é um igual a nós - quando aprendemos que o que fazemos ao outro fazemos a nós mesmos, quando nos colocamos no lugar do outro e tentamos compreender porque ele é como é e porque age como age.  Na minha opinião, uma pessoa de bem deve ter essa característica.

A pessoa de bem deve aceitar o outro como é, e obviamente realizar em si o seguinte: fazer ao outro o que gostaria que fizessem para com ela.

E aí, você tem coragem de ser uma pessoa de bem?

Boa reflexão!