quinta-feira, 30 de março de 2023

PEQUENOS PRAZERES DA VIDA

Olá leitores,

Durante a semana passada imaginei sobre o que escrever e então tive um desses pequenos prazeres que todos nós vivenciamos vez ou outra em nossa existência.  Assim resolvi elencar alguns deles, para que vocês possam perceber como esses momentos existem aos montões e que geralmente não damos atenção, mas que melhoram o nosso dia, nosso humor e são importantes para a saúde física, mental e espiritual.  Que tal notarmos sua presença e de quebra, agradecermos ao Cosmos por eles?

A ideia de escrever sobre isso ocorreu-me na sexta feira passada - passei o dia fazendo faxina em meu consultório no centro da cidade; estava calor e quando voltei para casa percebi e me regozijei com um pequeno prazer da vida - um banho.  Sim, um simples banho após um dia de trabalho cansativo é uma benção!

Aí vão outros:

Caminhar na praia, descalça com os pés na água (só de imaginar esse ato me sinto relaxando e até ouvindo o barulho do mar...).

Acariciar um gato e ser correspondida por ele (serve qualquer animal, eu gosto de gatos, borboletas, besouros, formigas, aliás, adoro insetos).

Acordar antes do sol nascer e "ouvir" o silêncio (acordo todos os dias as cinco horas da manhã) e ver o sol nascer - dependendo da época do ano, o céu fica rosa, marrom claro, amarelo e até lilás.

Tomar o café da manhã admirando os pássaros comendo no comedouro - em casa já tivemos muitos visitantes ilustres: saracura, pica pau amarelo, pica pau vermelho, alma de gato, gavião pinhé, jacutinga, coruja (mocho), filhote de carcará, guache e os usuais, que vem todos os dias: sabiá laranjeira, tico-tico, sanhaçu azul, corruíra, asa branca (pombão), saíra preciosa, pardal, rolinha, juriti, bem-te-vi, joão-de-barro, periquito (maritaca),

Tomar café numa cafeteria ou doceria com o amigo ou amiga para trocar ideias sobre variados assuntos e por que não, sobre assuntos em comum - estar com os amigos nem é considerado por mim, um pequeno prazer, mas um grande prazer.

Caminhar pela cidade observando as árvores (minha paixão), as flores, as plantas - e inebriar-se com as formas, as cores, os tamanhos e os perfumes.

Ler - sem comentários.  Ler livros e não apenas e-mails e mensagens na internet.

Viajar (isso incluo qualquer lugar do planeta, serve até ir a algum lugar na cidade em que moramos e onde nunca fomos, lugares novos).  Eu tinha uma amiga, hoje já falecida, que me disse uma ocasião que quando alguém a convidava para sair ela já pendurava a bolsa no ombro - nem precisava dizer para onde iria - não importava - o importante era viajar.

Tomar um cafezinho após o almoço.

Comer pipoca assistindo um filme na TV.

Perceber que uma nova flor floresceu no jardim de sua casa (hoje vi uma nova ipomeia rosa que se abriu).

Dormir com pingos de chuva tamborilando no telhado.

Tomar chocolate quente no inverno.

Caminhar num bosque entre as árvores (moramos perto de um bosque e todos os dias ou quase todos os dias vamos caminhar nele após o almoço). Estar entre árvores, flores, plantas, borboletas, aranhas, insetos, pássaros não tem preço.  

Em verdade minha vida é tão repleta de pequenos prazeres que concluo que é um prazer viver!

E você?  Quais são os seus pequenos prazeres? Compartilhe.

Boa semana!






 

quarta-feira, 22 de março de 2023

"O ALIENISTA"

Caros leitores,

O primeiro livro de nosso clube de leitura de 2023 foi "O Alienista" de Machado de Assis.  Felizmente, como primeiro livro do ano, o livro escolhido foi um tema leve, divertido - em realidade, Machado de Assis escreve contos melhores do que livros propriamente ditos.  Este é considerado por muitas pessoas um conto - não é tão longo.

Eu gostei muito de tê-lo lido, assim como todos do grupo.  Embora ele tenha sido escrito em 1880/81, seu tema é atual - uma pessoa o havia  sugerido e eu acatei a sugestão.  

A narrativa se passa na cidade de Itaguaí - RJ.  Um psiquiatra, Dr. Simão Bacamarte chega na tal cidade e resolve abrir uma clínica - a Casa Verde - um sanatório/"casa de loucos" para internar pessoas, as quais ele considerava terem problemas mentais.  No decorrer da história ele acaba internando muitas pessoas por serem consideradas "loucas" devido a algumas "manias" delas.

Num dado momento houve, por uma parte da população, um protesto para que se fechasse  a Casa Verde, pois o terror era tal que não se podia emitir nenhuma opinião contrária à maioria que este já era internado na Casa.  Alguma relação com nossos dias atuais da Terra Brasilis?

Esse protesto foi grande pois houve 11 mortos e 25 feridos, entretanto nada foi feito com relação ao fechamento da tal Casa Verde.

Todavia, aconselhado por amigos, Dr. Bacamarte acaba soltando todos, pois percebeu que não conseguira "curá-los" e resolve recolher os "os sãos e de boa moral à Casa Verde" para uma nova experiência - essa nova atitude também não resultou em mudança de comportamento dos internados.  E então, o Dr. Simão Bacamarte acaba  internando-se ele mesmo, sozinho para ver se ele compreendia o que estava acontecendo consigo próprio.  "Fechada a porta da Casa Verde, entregou-se ao estudo e à cura de si mesmo."

Uma ótima história na qual, eu em minhas reflexões, concluo que para entendermos os outros, primeiramente temos que nos autoanalisarmos, embora no livro o caminho percorrido tivesse sido o inverso.

Qual é a vossa opinião sobre a história?

Até semana que vem.



sexta-feira, 17 de março de 2023

FALIBILIDADE

Caros amigos leitores,

No dicionário Aurélio, Falibilidade é a mesma coisa que falível, ou seja: 1. Que pode falhar; 2. Que pode enganar-se; 3. Em que pode haver erro. Sabemos que somos seres humanos passíveis de erro, não somos perfeitos.

Sabedores dessa característica, estamos nos transformando dia-a-dia, efetuando mudanças em nossa personalidade conforme percorremos nossa existência através da vivência de variadas experiências cotidianas.

No caminho de nosso autoconhecimento precisamos observar o mundo ao redor e nossa relação com ele, e, como se diz "sair das nossas zonas de conforto" e ter a coragem e a flexibilidade para mudar hábitos e atitudes para atingir níveis de consciência cada vez mais amplos e mais elevados.

Mas, mudanças são sempre difíceis, trabalhosas, tomam  tempo e esforço de nossa parte.  Para mudar temos que conhecer nossos potenciais sufocados.  O primeiro passo para iniciar uma mudança é reconhecer que se desconhece muitos aspectos da vida externa e/ou interna.  Aquele que sabe que não sabe tudo é mais receptivo à renovação de hábitos, atitudes e ideias. Muitas vezes precisamos passar algumas vezes pela mesma experiência para realmente compreendê-la.  Claro que isto não é regra - uns precisam de mais outros de menos tempo para cristalizar uma ideia.

Nós aceitamos mudar quando percebemos nossa falta de habilidade em tratar a nós mesmos e aos outros; quando tendemos a subestimar ou superestimar tudo; quando notamos o quanto nossa consciência é hermética; e, quando finalmente, reconhecemos nossa impotência e falibilidade diante da vida.  Podemos muitas coisas, mas não podemos tudo.

Nesse mundo é impossível aprendermos e crescermos sem equivocarmo-nos.  Desacertos fazem parte do processo de amadurecimento.

Julgar fatos como felizes ou infelizes depende de nossa maneira de encará-los ou até de nosso nível de maturidade.  O que ontem nos pareceu um acontecimento infeliz, hoje pode nos apresentar como um acontecimento feliz ou vice-e-versa.

Todos temos o direito de escolher o que vamos fazer com os acontecimentos que a vida nos oferta - mas temos que compreender que nossas escolhas são as diretrizes de nossa existência.  Cada vez que fazemos uma escolha que nos levou a um equívoco, temos que saber que podemos "desescolhê-la" e escolher outra atitude/comportamento/hábito.  Quando nos recusarmos a entender as lições de nossa vida, as mesmas retornarão revestidas de novas "embalagens"; elas retornarão tantas vezes que se fizerem necessárias até que as compreendamos por completo e as adicionemos à nossa personalidade como parte de nós.

Todos erramos na tentativa de acertar.  Só não erra nunca quem jamais fez ou nada tentou.  O ser que acha que sabe tudo não possui a humildade de aceitar o que não conhece; ele está fechado para a aprendizagem ou a mudança.  O íntimo desse ser que se julga "infalível" pode ser comparado a um quarto que se encontra totalmente ocupado, abarrotado de coisas; nada mais pode ser colocado ali.  Quando retiramos as coisas velhas ou desnecessárias é que abrimos espaço vazio para o necessário ou o novo.

Quando desejamos propiciar mudanças em nosso íntimo temos que imaginar possuir novos olhos - não é necessário procurar novos lugares.

Nossa conduta nesta vida requer muito cuidado no trato com as pessoas que cruzam nosso caminho e com as situações que surgem, às vezes, inesperadas.  Tudo o que vivenciamos faz parte do processo de crescimento.

Aquelas pessoas de personalidade controladora, quando se permitem mudar, podem sentir-se inseguras, desconfortáveis, porque ficam expostas a algo que não conhecem (ainda), que não contavam ou que não haviam percebido.  Essa sensação, em primeira instância, pode trazer desconfiança, medo, pois as zonas de estabilidade podem ficar temporariamente ameaçadas; afinal de contas, nossa maneira anterior de ser e ver não funciona mais.  Mas, há que se ter paciência, tolerância consigo próprio para a devida reestruturação da nova personalidade.

Quando somos fracos em não confessar que erramos, que não sabemos/conhecemos determinado assunto ou, que não compreendemos determinada situação ou pessoa, cometemos muitos desatinos nas áreas de nosso relacionamento com o mundo e com as pessoas.  Nossa parcela de orgulho nos impede de vermos claramente esse tipo de comportamento.  A criatura que acredita que nunca tem nada a aprender com as experiências próprias e/ou alheias é espiritualmente imatura e ingênua.

Boa semana!


 

terça-feira, 7 de março de 2023

A IMPLACABILIDADE DO TEMPO

Caros amigos leitores,

No sábado passado estive em São Paulo para realizar minha costumeira palestra mensal num instituto espiritual - realizo essa palestra há dez anos (escrevi mais detalhadamente sobre isso no texto "Um lugar mágico" datado de setembro do ano passado).  O que me motivou a escrever esse texto de hoje não foi realmente essa prática, mas a amiga com a qual tomei o café da manhã antes da palestra.

Em nossa conversação ela me contou que não irá voltar para trabalhar no modo presencial.  Ela trabalha como "terceirizada" numa empresa do estado de São Paulo na área de processamento de dados.  Durante a "pandemia" trabalhou online, assim como a grande maioria das pessoas.  E, agora que praticamente todas as pessoas já voltaram ao modo presencial, foi-lhe dito que o pessoal "terceirizado" continuará trabalhando online.  No quesito preferência, há pessoas que querem continuar trabalhando online, entretanto há outras pessoas que não desejam continuar nessa modalidade.

Assim, com essa situação que ela me contou, a qual a deixou bastante aborrecida para não dizer decepcionada, fiquei a refletir em como usamos (ou somos usados?) o tempo em nossa vida cotidiana.

Vocês já pararam para refletir sobre isso? Se não, agora é o momento.

De volta ao exemplo de minha amiga, ela queixou-se que fica muito tempo dentro de casa sem contato pessoal, só contato visual, porém remoto.

A cada dia que passa perdemos muito tempo com pequenas tarefas, a maioria delas, entediantes, enfadonhas e não sobrando tempo para atividades mais relaxantes, mais culturais que nos levam ao nosso crescimento pessoal/espiritual.  Nessa toada a vida vai se escoando e quando nos damos conta, o seu fim chega e você parece não ter vivido - apenas vegetado.

Desde que comecei a trabalhar, aos 14 anos de idade, sempre tive bons momentos de relaxamento, lazer, viagens e  atividades culturais.  Iniciei como balconista de uma loja de brinquedos, então fui secretária júnior, secretária sênior, secretária executiva bilíngue, professora particular de inglês e hoje trabalho como psicóloga clínica.  Em todos esses momentos fui estudando outras culturas, praticando esportes (do vôlei aos patins), participando de grupos culturais de leitura, religião, línguas.  Sempre tive tempo para estar com amigos, viajar.

Hoje a vida de trabalho, lazer e cultura das pessoas encurtou muito.  O trabalho online é cansativo, extenuante - ficar olhando para uma tela luminosa de 8 a 10 horas por dia é uma prática suicida, em minha opinião.  As pessoas que conheço que trabalham dessa maneira são estressadas, cansadas e até muitas vezes, agitadas.  Quase não têm momentos relaxantes, alimentam-se mal (ou comem muito ou não comem nada, quando comem, comem comida não saudável), não praticam exercícios, muitos tem insônia e o pior de tudo, acontece o que mencionei no início - a vida se esvai, você não tem contato físico com a natureza do planeta e muito menos com pessoas no geral.

A queixa de minha amiga é muito pertinente.  Ficar o dia inteiro em casa olhando para a tela do computador é comparável ao aposentado que fica o dia inteiro assistindo TV, como se isso fosse o esperado deste período da vida.

Como digo no meu cartão de visitas de psicóloga: "A vida depende de escolhas.  Analise as suas e realize as mudanças necessárias", cada um de nós deveria realizar escolhas que nos trouxessem resultados/consequências mais aprazíveis - é compreensível a necessidade de ganharmos dinheiro para pagar nossas contas - acredito que até elas, as contas, devem ser checadas vez ou outra sobre sua relevância em nossas vidas - observemos se não estamos pagando coisas demais que nem usufruímos, tipo muitos canais de "streaming" sem nem conseguirmos assistir a tudo, academias de ginástica ou natação as quais vamos raramente, restaurantes caros onde a comida não é simples e saudável, encher o guarda-roupa de roupas, sapatos e acessórios que nem são usados, principalmente para aqueles que trabalham online, como citei.

Depois da "pandemia" deveríamos buscar simplificar a vida e não enchê-la de atividades e coisas irrelevantes.

Nossa meta maior, em minha opinião, poderia ser uma vida mais leve e onde pudéssemos estar mais em contato com amigos, com a natureza, abraçar árvores, ouvir e ver pássaros, caminhar na praia (bem cedinho para ver o sol nascer e não no meio da muvuca), relaxar na poltrona predileta ouvindo boa música ou lendo um livro.  A vida poderia ser um eterno agradecer pelas coisas simples ao nosso redor e não um interminável reclamar.  Como disse antes, se não está bom, escolha viver uma vida mais pacífica.  Cada um de nós tem o livre arbítrio para escolher o que nos faz bem sem preocupar-se se pessoas â sua volta concordam ou não com a sua escolha - ainda somos livres para pensar, refletir e escolher a melhor vida para nós mesmos e não ir na onda de fazer tudo o que todos fazem - o que os outros fazem pode não ser bom o suficiente para nós.  Pensem nisso!

Boa semana!




 


  

quarta-feira, 1 de março de 2023

ILUSÃO E REALIDADE

Olá amigos leitores,

Como já disse algumas vezes, todos nós somos um mundo à parte - embora sejamos todos iguais, pertencentes à raça humana, somos diferentes no que diz respeito à nossa personalidade devido à diferença de grau social, moral e espiritual. Além desse fato concreto, também existem dentro de nós características que ainda nos são inconscientes - temos que trabalhar arduamente para descobrirmos as facetas desconhecidas de nossa individualidade.  Nessa descoberta progressiva também vamos realizando mudanças - caminho para chegar ao nosso objetivo de vida, seja ele qual for.

Cada experiência traz em si oportunidades de conhecimento do mundo e de nós mesmos.  Nesse relacionamento - nós e o mundo - deparamo-nos com a ilusão e a realidade das situações.  Aliás, hoje essa dificuldade de separar a verdade da mentira é bem difícil - para cada pessoa essa verdade e essa mentira são relativas.

Um dos maiores oradores atenienses, Demóstenes, já o disse: "É extremamente fácil enganar a si mesmo; pois o homem geralmente acredita no que deseja."

Todos nós, sem exceção, vemos o mundo com nossos olhos, ou seja, de acordo com a nossa personalidade.  A pessoa mais amadurecida espiritualmente, com equilíbrio interno, tem maior probabilidade de enxergar no universo, uma harmonia oculta.  Para essa pessoa, tudo tem uma razão de ser, o acaso não existe, tudo e todos estão relacionados na teia das existências e ela sabe que para cada situação há uma resposta, para cada desafio há uma solução - sua fé a sustenta em todos os momentos, auxiliando-a em sua jornada ascendente.

Mas, para outras pessoas, não amadurecidas espiritualmente, o percurso é difícil.  Um dos principais obstáculos é a incapacidade de diferenciar a ilusão  da realidade.

As muitas religiões orientais usam o termo Samsara para designar o mundo das ilusões.  Elas dizem que o homem, em sua maioria, vive nesse mundo de ilusão e é por isso que ele nasce e renasce muitas vezes e que o sofrimento advém do homem não saber distinguir a realidade da ilusão.

Existem algumas razões do por que temos dificuldade para diferenciar a realidade da ficção e concomitantemente, descobrirmos nossos anseios mais íntimos.

Uma das razões é o orgulho. Este está presente, em diferentes graus, praticamente em muitas pessoas do planeta. Tanto o individuo que se acha melhor ou pior que as outras pessoas, o orgulhoso, possui uma baixa estima, ou, como preferem chamar, um complexo de inferioridade. A busca existencial desse indivíduo está nas expectativas do "ter" ou agradar os outros e não nas experiências do "ser".  Para ele, "ser" alguém com qualidades e defeitos próprios não basta; o importante é "ter" características específicas para aparecer ou agradar os outros.

Tomemos o exemplo de um indivíduo que na infância, pode ter sido uma criança supervalorizada pelos familiares e amigos ou até elogiada demasiadamente.  Ela pode vir a desenvolver uma convicção de sua supremacia sobre os demais - pode acreditar que nada existe que ela não faça bem e de que não há ninguém que faça melhor do que ela.  Conscientemente, essa pessoa acredita não ter dúvidas sobre si mesma, acredita ser uma pessoa "possuidora de qualidades extraordinárias." Essa situação até pode ser verdadeira em parte, mas a exacerbação dessas atitudes, ou seja, a admiração e elogios que recebeu quando criança podem conter a explicação para suas atitudes de auto ilusão.  Esse indivíduo está, momentaneamente, impossibilitado de enxergar a realidade e com isso também impossibilitado de modificar esse comportamento, pois, como o dissemos, só podemos modificar o que conseguimos ou queremos ver.

A grande dificuldade do indivíduo auto iludido é perceber essa situação.  É mais fácil enxergarmos indivíduos desse jaez ao nosso redor, do que acreditarmos que podemos ser um deles.  Então com obter ajuda se nem sabemos que precisamos dela? Usando de nossa vigilância, abrindo nossos olhos para tudo o que sentimos na diversas situações do dia a dia.  Nossos sentimentos, emoções trazem as respostas para as nossas características de personalidade.

A inadaptação social e o conjunto de transtornos psíquicos que muitos carregam, ocorre quando estes abandonam suas identidades reais e, nesse abandono, tentam constituir como centro de seu cotidiano, uma imagem fantasiosa e distorcida de si mesmos.  Um sábio já o disse: "a sabedoria vem da prática; quanto mais experiências, mais discernimento e bom senso teremos."

É mais fácil e mais simples sermos o que somos e não despender energia na construção de um falso "eu" que acreditamos ser melhor e mais bem aceito pelos outros.  Mesmo porque o "feitiço pode virar contra o feiticeiro."

Como ter certeza do que o outro valoriza?  Quando somos pessoas genuínas atraímos amigos genuínos. Quando aprendemos a ser pacientes em nossas dificuldades, aprenderemos também a ser pacientes e tolerantes com as dificuldades alheias.  "Somente tomaremos soluções sensatas diante de situações enganosas quando já tivermos adquirido a capacidade de enxergar os fatos e acontecimentos tais quais são na realidade."

Boa semana!



 






 

VISITA A SÃO PAULO

Caros leitores, Este ano, em nossa ida para Sampa para visitar amigos que lá deixamos, visitamos 15 pessoas.  O ano passado ficamos 6 dias e...