Caros amigos leitores,
No dicionário Aurélio, Falibilidade é a mesma coisa que falível, ou seja: 1. Que pode falhar; 2. Que pode enganar-se; 3. Em que pode haver erro. Sabemos que somos seres humanos passíveis de erro, não somos perfeitos.
Sabedores dessa característica, estamos nos transformando dia-a-dia, efetuando mudanças em nossa personalidade conforme percorremos nossa existência através da vivência de variadas experiências cotidianas.
No caminho de nosso autoconhecimento precisamos observar o mundo ao redor e nossa relação com ele, e, como se diz "sair das nossas zonas de conforto" e ter a coragem e a flexibilidade para mudar hábitos e atitudes para atingir níveis de consciência cada vez mais amplos e mais elevados.
Mas, mudanças são sempre difíceis, trabalhosas, tomam tempo e esforço de nossa parte. Para mudar temos que conhecer nossos potenciais sufocados. O primeiro passo para iniciar uma mudança é reconhecer que se desconhece muitos aspectos da vida externa e/ou interna. Aquele que sabe que não sabe tudo é mais receptivo à renovação de hábitos, atitudes e ideias. Muitas vezes precisamos passar algumas vezes pela mesma experiência para realmente compreendê-la. Claro que isto não é regra - uns precisam de mais outros de menos tempo para cristalizar uma ideia.
Nós aceitamos mudar quando percebemos nossa falta de habilidade em tratar a nós mesmos e aos outros; quando tendemos a subestimar ou superestimar tudo; quando notamos o quanto nossa consciência é hermética; e, quando finalmente, reconhecemos nossa impotência e falibilidade diante da vida. Podemos muitas coisas, mas não podemos tudo.
Nesse mundo é impossível aprendermos e crescermos sem equivocarmo-nos. Desacertos fazem parte do processo de amadurecimento.
Julgar fatos como felizes ou infelizes depende de nossa maneira de encará-los ou até de nosso nível de maturidade. O que ontem nos pareceu um acontecimento infeliz, hoje pode nos apresentar como um acontecimento feliz ou vice-e-versa.
Todos temos o direito de escolher o que vamos fazer com os acontecimentos que a vida nos oferta - mas temos que compreender que nossas escolhas são as diretrizes de nossa existência. Cada vez que fazemos uma escolha que nos levou a um equívoco, temos que saber que podemos "desescolhê-la" e escolher outra atitude/comportamento/hábito. Quando nos recusarmos a entender as lições de nossa vida, as mesmas retornarão revestidas de novas "embalagens"; elas retornarão tantas vezes que se fizerem necessárias até que as compreendamos por completo e as adicionemos à nossa personalidade como parte de nós.
Todos erramos na tentativa de acertar. Só não erra nunca quem jamais fez ou nada tentou. O ser que acha que sabe tudo não possui a humildade de aceitar o que não conhece; ele está fechado para a aprendizagem ou a mudança. O íntimo desse ser que se julga "infalível" pode ser comparado a um quarto que se encontra totalmente ocupado, abarrotado de coisas; nada mais pode ser colocado ali. Quando retiramos as coisas velhas ou desnecessárias é que abrimos espaço vazio para o necessário ou o novo.
Quando desejamos propiciar mudanças em nosso íntimo temos que imaginar possuir novos olhos - não é necessário procurar novos lugares.
Nossa conduta nesta vida requer muito cuidado no trato com as pessoas que cruzam nosso caminho e com as situações que surgem, às vezes, inesperadas. Tudo o que vivenciamos faz parte do processo de crescimento.
Aquelas pessoas de personalidade controladora, quando se permitem mudar, podem sentir-se inseguras, desconfortáveis, porque ficam expostas a algo que não conhecem (ainda), que não contavam ou que não haviam percebido. Essa sensação, em primeira instância, pode trazer desconfiança, medo, pois as zonas de estabilidade podem ficar temporariamente ameaçadas; afinal de contas, nossa maneira anterior de ser e ver não funciona mais. Mas, há que se ter paciência, tolerância consigo próprio para a devida reestruturação da nova personalidade.
Quando somos fracos em não confessar que erramos, que não sabemos/conhecemos determinado assunto ou, que não compreendemos determinada situação ou pessoa, cometemos muitos desatinos nas áreas de nosso relacionamento com o mundo e com as pessoas. Nossa parcela de orgulho nos impede de vermos claramente esse tipo de comportamento. A criatura que acredita que nunca tem nada a aprender com as experiências próprias e/ou alheias é espiritualmente imatura e ingênua.
Boa semana!
Humildade é a chave!
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