sábado, 12 de abril de 2025

PESSOAS MAL-AMADAS E PESSOAS AMARGURADAS

Caros leitores,

No texto de hoje, juntarei dois temas que à princípio são sinônimos para algumas pessoas e para outras são opostos - em realidade, eu diria que um tema completa o outro.  Em suma, são reflexões para o entendimento de certos comportamentos alheios.

Vale lembrar que fomos colocados junto de seres aos quais temos desafios em comum, onde intercalamos atividades, ou seja, às vezes aprendemos, outras vezes, ensinamos.  Ensinar conscientemente sempre dá a ideia de ser a tarefa mais fácil, entretanto ensinamos mais quando exemplificamos situações daquilo que aprendemos.  O aprendizado consciente é, sem dúvida, o mais difícil, pois requer boa vontade, concentração, disciplina.  Mas existe outra maneira de aprender - inconscientemente - quando acreditamos que não estamos aprendendo.

Como reconhecer e conviver com pessoas mal-amadas?

Em nossa jornada evolutiva é quase certeiro que em algum momento não nos sentimos amados por alguém.  Vamos nos ater a esse momento, a essa sensação e nos façamos algumas interrogações.  A sensação é boa? Como é não ter o carinho e o cuidado de alguém para com você? Qual a sensação de não ter a atenção de alguém para com os seus problemas? Como você se sente quando não tem o apoio de um afeto? Tudo isso é muito difícil de enfrentar.

Quando ausentes dessa nutrição afetiva, muitos mecanismos de defesa são "criados": ocorre um adoecimento emocional que é exteriorizado através de arrogância, controle, solidão, depressão, comportamentos agressivos, atitudes de clara perturbação.

Conviver com pessoas mal humoradas é um grande suplício.  Se você não souber se precaver sua vida tornar-se-á um verdadeiro inferno na Terra.  Lembremo-nos de que essas pessoas mal-amadas estão pedindo socorro do seu jeito rude, da melhor maneira que conseguem - são pessoas amarguradas.  Se você agir da mesma maneira para com elas é a mesma coisa que jogar lenha na fogueira - o fogo ficará maior e o ambiente se desestruturará. Existem formas educativas e inteligentes em como agir com esse tipo de pessoas e nos protegermos de suas energias tóxicas.

Primeiramente respeitemos esses indivíduos atormentados pela dor do desamor - eles não são pessoas maldosas - o maior mal que eles fazem é contra eles mesmos. São pessoas buscando o caminho da felicidade assim como nós.  Quando aprendemos a lidar com essas pessoas amorosamente, nós as ajudamos e ao mesmo tempo nos protegemos dos venenos mentais que elas pode emanar.

Se formos feridos ou agredidos de alguma forma pelo mau humor de alguém que se considere mal-amado ou até que realmente o seja, lembremo-nos de sermos compreensivos, calmos, serenos, para também dar a chance ao outro de se acalmar e se asserenar.

Essas duas características acabam de completando, pessoas mal-amadas tornam-se com o tempo pessoas amarguradas e inclusive essas características podem estar conjuntamente em alguns indivíduos com algumas diferenças.

A pessoa amargurada tem atitudes muito parecidas com a pessoa que é ou se sente mal-amada.  Ela não crê nos exemplos amorosos da vida, sente amargura com aquilo que alegra ou sensibiliza o coração dos outros e parece sempre agourar os ideais alheios.  Essas pessoas têm zero grau de sensibilidade em suas relações.  São, como podem perceber, também mal-humoradas.  Essa amargura destila inveja e indiferença.

A diferença do amargurado para aquele que sente mal-amado é que, ao contrário deste, ele não ama a si mesmo.  Este tipo de pessoa costuma cobrar muito de si mesmo, de sua conduta, chegando às vezes a ser perfeccionista.  Toda essa postura demonstra a sua falta de autoconhecimento, pois tenta esconder ou até fugir de suas próprias dificuldades e dos seus impulsos ainda não conhecidos por ele mesmo. 

Cada um desses dois tipos de indivíduos analisados aqui hoje podem se referir ao outro, o próximo com o qual convivemos ou a nós mesmos que nos sentimos mal-amados ou amargurados.

Se somos nós os protagonistas dessa análise busquemos profunda disposição de acolhimento e reconciliação de nós mesmos - essa é a melhor maneira de mudarmos nossa maneira de viver.  

Há que conhecer nossos limites para podermos exigir de nós mesmos somente o que podemos mudar.  Usemos de tolerância, paciência e bondade para conosco mesmos.  Aceitemo-nos como somos ou mudemos nossa conduta.  Lembremo-nos da Oração da Serenidade: "Concedei-nos, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar.  Coragem para modificar aquelas que podemos, e Sabedoria para distinguir umas das outras."

Se, por outro lado, convivemos com uma pessoa amargurada, mudemos nosso conceito a respeito dela - ela está doente, precisando de apoio e compreensão - ela não sabe como viver de forma leve e alegre - e, por conta disso sente um profundo desespero interior a respeito da vida.

Se conheces, ou convives com uma pessoa amargurada não se perturbe para não se contaminar.

Amargura?

Amar cura.

Boa semana!








 

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