terça-feira, 29 de setembro de 2020

EDUCAÇÃO

 Olá amigos,

Hoje versarei sobre um tema bastante recorrente entre todos, principalmente no Brasil - educação!  Todas as pessoas sabem que, para que nos tornemos pessoas de bem, satisfeitas com nossas vidas, atuantes, ou seja, felizes, necessitamos desde o início de nossas vidas, apoio, intuição, aprender como usar nossa mente, em suma, precisamos da educação para crescer e interagir no mundo.

A palavra educação no dicionário Aurélio, tem nove definições.  Reproduzirei três delas que me pareceram mais sensatas de acordo com minha opinião:

1. Processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral da criança e do ser humano em geral, visando à sua melhor integração individual e social.

2. Aperfeiçoamento integral de todas as faculdades humanas.

3. Conhecimento e prática dos usos de sociedade: civilidade, delicadeza, polidez, cortesia.

Na primeira definição a educação está descrita como um processo de desenvolvimento; sendo um processo ela é contínua - diria que nos educamos constantemente até o fim de nossos dias.

Já na segunda definição, a educação aparece como aperfeiçoamento integral - eu diria que aqui é como se já a tivéssemos e precisássemos  aperfeiçoá-la integralmente.

E, na terceira definição que escolhi, a educação é um conhecimento das regras da sociedade.

Com tantas definições aparentemente diferentes, podemos compreender porque sempre falamos como a educação é importante e como ela sempre aparece como um plano futuro, pelo menos, no quesito político do termo e de sua aplicação - é como se sempre ela tivesse sido falha até hoje.

Há uma outra definição também no dicionário que a define como ensino, instrução.  Assim, em minha opinião, acredito que instrução, ensino são responsabilidades de escolas e instituições de ensino, e, educação é de responsabilidade do lar, do meio ambiente - obviamente os dois responsáveis , a escola e o lar, podem trabalhar juntos para ajudar cada infante em sua caminhada vida afora.

Já li muitos livros sobre educação de crianças.  Atualmente, um que me chamou a atenção, embora não conte nenhuma novidade nessa área, mas me trouxe reflexões, foi o livro "Transformando o Sofrimento em Alegria" de Sri Prem Baba.

Apesar do nome do autor, ele é brasileiro, estudou na Índia, tornou-se um líder espiritual e ministra palestras no Brasil e na Índia com a intenção de ajudar pessoas em sofrimento.  Há controvérsias sobre sua índole como ser humano - a revista Veja escreveu um artigo relatando fatos não muito bons de sua pessoa - fatos estes que ele aceitou como sendo deslizes de sua parte, os quais foram resolvidos.

Assim, após essa breve biografia de sua pessoa, deixando os preconceitos de lado, mas atendo à sua obra e não à sua pessoa, neste livro há um capítulo intitulado "A educação da nova era".

Neste capítulo, ele relembra a todos nós que, as crianças de hoje herdarão o planeta amanhã e que se faz urgente as educarmos para que, ao menos, o planeta continue existindo...  Um dos pontos primordiais é ensiná-las sobre espiritualidade.

Espiritualidade aqui não colocada como crença religiosa - mas como uma compreensão do mundo, de sua natureza e de sua relação com esse Universo - espiritualidade é uma maneira de olhar para esse Universo com gratidão, com êxtase, com contentamento - aprender sobre a geografia, a biologia, a cosmologia - ajudar nossas crianças a serem questionadoras e que elas possas refletir sobre o que é estarem vivas.

Prem Baba acredita que "Hoje, tudo o que elas (as crianças) aprendem em casa e nas escolas é a manipular a matéria, de maneira totalmente desvinculada de seu universo psicoemocional e sem nenhuma conexão com o mistério maior. As muitas crianças que recebem orientação religiosa em casa ou em igrejas obtêm apenas noções dogmáticas e moralistas do que é certo ou errado, mas nunca são estimuladas a observar a si mesmas e acessar a divindade que as habita."  Para ele, "a educação deve levar em consideração a dimensão espiritual do indivíduo, além do universo psicoemocional.  E o maior desafio para os pais e educadores é entender o aspecto sagrado dessa missão."

As crianças aprendem pelo exemplo. "Ela aprende a partir do que você faz, não do que você diz".

Neste tópico, há um outro livro muito bom de Sal Severe "A Educação pelo Bom Exemplo" - é uma coletânea de histórias divertidas e idéias práticas contadas pelos próprios pais.  Aliás, este livro é tão bom que, provavelmente, escreverei alguns textos de suas idéias futuramente.  Esse livro é de 1997 e continua muito atual.  Afinal de contas, a humanidade evolui a passos lentos.

Por hoje é só. Que possa trazer reflexões a todos.  Voce tem outras boas idéias sobre educação que gostaria de compartilhar?

Até a próxima semana.

 

 

 


segunda-feira, 21 de setembro de 2020

O SENTIDO DA VIDA

 

Como ainda nos encontramos num isolamento parcial (?), em meio a pandemia do Covid 19, resolvi como primeira reflexão, fazer um breve resumo e breve análise do livro de Viktor Frankl, "Em Busca de Sentido".  Para mim, sua leitura fez eco em meus pensamentos e sentimentos, pois nos encontramos ligeiramente encarcerados, tolhidos em nossa liberdade de ir e vir aonde nos aprouver.  Com certeza muitos de voces já buscaram analisar os efeitos desse tipo de "encarceramento".

Viktor Frankl (1905-1997) foi um neuropsiquiatra austríaco, fundador da terceira escola vienense de psicoterapia, a logoterapia e análise existencial.  No tempo da Segunda Grande Guerra foi preso em quatro campos de concentração nazistas e, neste livro ele descreve suas experiências e de seus colegas prisioneiros.

Entre muitas situações ele descreve como é estar preso numa situação sem ser ou sentir-se culpado e buscar um sentido para toda aquela trágica  experiência - privação de comida, de higiene, de conforto.  Ser odiado e maltratado apenas por ter uma crença - crença esta considerada "errada" por estar num momento "errado" da história.

Assim, como já era médico psiquiatra antes de sua entrada nos campos de concentração, ele buscou compreender, através da observação, o porquê de alguns prisioneiros continuarem firmes, acordando todas as manhãs para mais um dia de trabalhos forçados, torturas e privações de todos os tipos, enquanto que outros prisioneiros não agüentarem (apesar de estarem em boas condições de saúde física) e jogarem a toalha e muitos, até suicidarem-se.

Frankl buscava compreender  o sentido da vida de ambos os tipos de prisioneiros: os lutadores e os "perdedores".  Para ele, alguns pontos foram importantes nesta análise.

Um desses pontos que achei relevante foi o bom humor. Nas palavras dele "O humor constitui uma arma da alma na luta por sua autopreservação." O humor cria distância dos problemas e nos permite passar por cima da situação, mesmo que seja por alguns segundos apenas.

Para ele, "a vontade de humor constitui um truque útil para a arte de viver."

Cada um de nós isolou-se no famoso jargão "Fique em casa" de maneiras diferentes - há famílias inteiras dentro de casa (pai, mãe, filhos, avós), há casais sozinhos (meu caso), há pessoas sós de diferentes idades (viúvos, solteiros) - assim, cada grupo que ficou em casa teve pensamentos, sentimentos diferenciados.  Mas todos sentiram que algo iria mudar com essa prática.

Cada um teve oportunidades de reaver conceitos sobre a própria vida - e, se, não se estava acostumado a olhar para dentro houve um choque, um estranhamento, momentos de aflição, de tédio, de insônia, mas também, para alguns, momentos de compreensão, de êxtase, de alegria, de contentamento.

Viktor Frankl concluiu entre outras coisas, que todos nós precisamos buscar um sentido na vida para nos sentirmos realizados e felizes.

Muitos de nós estamos em sofrimento porque não podemos confraternizarmo-nos com nossos amigos e parentes - perdemos nossa liberdade de fazer o que queremos.  Frankl nos ajuda a refletir com essa experiência quando afirma "a pessoa interiormente pode ser mais forte que seu destino exterior, e isto não somente no campo de concentração.  Sempre e em toda parte a pessoa está colocada diante da decisão de transformar a sua situação de mero sofrimento numa produção interior de valores."

Aquele que ainda não conhece seus valores, agora é o momento de descobrí-los. Muito se tem falado sobre aqueles que tem baixa imunidade e como são mais suscetíveis a contrair qualquer doença, inclusive o corona vírus; fala-se de grupos de risco (idosos, portadores de doenças tais como diabetes, HIV, hipertensão, etc.) mas esquecem-se de que a imunidade do organismo também depende do estado emocional de cada pessoa.  Frankl nos elucida que "quem conhece as estreitas relações existentes entre o estado emocional de uma pessoa e as condições de imunidade do organismo, compreenderá os efeitos fatais que pode ter a súbita entrega ao desespero e ao desânimo."

Frankl nos ensina que "precisamos aprender e também ensinar às pessoas em desespero que a rigor nunca e jamais importa o que nós ainda temos a esperar da vida, mas sim exclusivamente o que a vida espera de nós" e que "viver não significa outra coisa que arcar com a responsabilidade de responder adequadamente às perguntas da vida, pelo cumprimento das tarefas colocadas pela vida a cada indivíduo, pelo cumprimento da exigência do momento." "Nenhum ser humano e nenhum destino pode ser comparado com outro; nenhuma situação se repete.  E em cada situação a pessoa é chamada a assumir outra atitude."

Este livro ajudou-me a compreender melhor a situação atual.  Com certeza, não nos encontramos num campo de concentração nazista, entretanto essa sensação de falta de liberdade, de isolamento social também pode nos ter trazido incertezas quanto ao futuro, dor da perda de alguém ou de algo.  Concordo com ele quando diz que "a vida humana tem sentido sempre e em todas as circunstâncias, e que esse infinito significado da existência também abrange sofrimento, morte e aflição."

"A vida está repleta de oportunidades para dotá-la de sentido."

Então, qual o sentido da vida para você?

Boa semana a todos.

 


quinta-feira, 17 de setembro de 2020

APRESENTAÇÃO

Caros amigos, Hoje começo uma nova estapa em minha vida. Acredito que, de tempos em tempos, todos nós deveríamos realizar mudanças - uma boa maneira de crescer, evoluir. A pandemia (há controvérsias)me deu uma boa oportunidade para reaver minhas crenças, meus preconceitos, minhas idéias. Oxalá todos pudessem ter aproveitado esse tempo para essas reflexões. Assim, cá estou eu iniciando um blog (quem diria,hein?). Antes de ter colocado idéias num papel, elas ficaram martelando em minha mente sobre como iniciar esse processo e sobre o que ele versaria. Então, minha idéia inicial é postar semanalmente um texto baseado em alguma reflexão causada por um livro, um filme, um texto, um fato do cotidiano. Sempre fui uma pessoa fértil em refletir sobre os fatos da vida, tanto minha, quanto da sociedade em geral e muitas vezes, ficava a pensar se alguém pudesse se beneficiar dessas reflexões. Acredito no benefício da doação, tanto para quem recebe quanto para quem doa. A doação pode ser realizada doando-se alimentos, roupas, coisas materiais, mas também pode-se doar sorrisos, abraços, tempo, o ouvido - eu sempre li muito (ainda é meu lazer predileto) e por isso a facilidade, creio eu, para refletir sobre coisas, pessoas e fatos, assim resolvi doar minhas reflexões. Como já disse anteriormente, nesse isolamento (?) li muito e vi muitos filmes e documentários sobre várias áreas do conhecimento, tais como astronomia, história, outras religiões (budismo, hinduísmo), psicologia, meio ambiente, política, filosofia. Então acredito que posso "doar" algo desse pouco conhecimento que adquiri com a vida; assim, talvez alguém também possa se encontrar em alguns de meus textos e idéias e também crescer como eu venho crescendo desde que descobri essa nova vertente em minha existência. Talvez, minha experiência de vida possa ajudar outros em sua caminhada. Espero poder fazer dessa minha nova prática uma experiência constante - minhas reflexões colocadas no papel me ajudam e me dão uma sensação de estar fazendo minha parte na evolução do planeta. Espero que a leitura delas também possa ajudar outras pessoas a fazerem a parte delas. As críticas, os comentários, as respostas são muito bem vindas - tanto positiva quanto negativamente. A idéia é todos nós buscarmos juntos compreender a vida no planeta para torná-lo cada vez mais um bom lugar para vivermos. Hoje, termino com uma frase, a qual achei relevante para hoje, de George Orwell de seu livro "O Caminho para Wigan Pier" (este livro está na minha lista para ler): "Só quando encontramos alguém de uma cultura diferente da nossa começamos a perceber quais são as nossas crenças." Concordo com essa afirmação e até, antes de conhecê-la já tinha constatado essa verdade em algumas viagens que realizei por outras culturas. Uma boa semana a todos e até a próxima reflexão.

VISITA A SÃO PAULO

Caros leitores, Este ano, em nossa ida para Sampa para visitar amigos que lá deixamos, visitamos 15 pessoas.  O ano passado ficamos 6 dias e...