Caros leitores,
O livro do mês que foi discutido em nosso clube de leitura foi "A Volta do Parafuso" de Henry James. O livro foi escrito em 1898 e na época fez sucesso por ser um suspense de terror. Em realidade, nosso grupo nem achou tão aterrador.
A história trata de uma preceptora - uma professora, aquela que ministra preceitos ou instruções; para nós fica mais fácil entender que é uma professora particular que mora na residência e que ensina não somente as matérias de um currículo escolar mas também boas maneiras e comportamentos em sociedade. Essa preceptora é contratada para cuidar de um casal de crianças de idade entre 8 e 10 anos. O contratante é o tio delas que não mora na residência porque trabalha numa cidade cosmopolita. A casa em questão se encontra numa região isolada - obviamente, o lance do terror acontece sempre num casarão no meio do nada - um clichê de contos de terror, embora acredite que na época em que foi escrito, esse detalhe não era de praxe para trazer a ideia do terror.
Bem, logo nos primeiros dias lá, essa preceptora já percebe algo estranho na casa - há dois espíritos/fantasmas envolvendo as crianças e ficamos sabendo que se tratam da preceptora anterior que havia morrido mas não se sabe a causa e o antigo jardineiro que um dia foi encontrado morto no campo.
Pessoal, não darei o "spoiler" final, mas o livro é envolvente pois pode se tirar ideias diversas sobre se eles, os espíritos, realmente existem ou é imaginação da preceptora/narradora.
O título para nós foi um enigma, embora o autor tenha mencionado no corpo do livro seu significado, entretanto, de maneira subjetiva. Na introdução há uma breve explicação: "A volta do parafuso é uma metáfora; é o parafuso da tensão, da emoção, da aflição interna que se vai apertando e esgarçando os nervos. Aperta e revela: pressão que, a cada rotação dada, age sobre "muitas coisas das camadas mais profundas", como diz a personagem-narradora, e faz que tais camadas se abram, se deixem entrever ainda que de modo obscuro e subjetivo - subjetivo porque tudo nos chega pelo enfoque único da governanta e porque cada leitor terá uma compreensão muito particular dos efeitos dessa subjetividade."
No dicionário Aurélio encontrei uma definição interessante sobre o verbo "parafusar" - a definição é "pensar, cismar, meditar detidamente, matutar, refletir - e traz o exemplo "Parafusou numa solução para o caso."
Em minha opinião, é um bom livro para se ler numa noite chuvosa na cama, antes de dormir...
Bora ler o livro?
Boa semana a todos.
Instigou a curiosidade para ler o livro!!! 📚
ResponderExcluirÉ, realmente este é um livro para parafusar os pensamentos, ideias e chegar naquilo que podemos achar que o autor quis nos passar. Suspense sim, terror não. Imaginar os acontecimentos e lhe dar crédito, depende de cada amigo leitor.
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