sábado, 24 de dezembro de 2022

O BEM E O MAL - PARTE I

Caros leitores,

Quando decidi escrever sobre esse tema, muitas ideias surgiram, ao longo de grandes reflexões que tenho feito sobre isso.  Assim sendo, resolvi escrever várias postagens, pois uma só seria longa, ou até confusa.  Espero que essa primeira parte não o seja.

Atualmente estamos vivenciando no planeta, com mais conhecimento dos fatos no Brasil, uma inversão de valores - ou até diria uma interpretação errônea dos mesmos.

Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, pupilo de Freud, disse que "queiramos ou não, somos todos cristãos."

Eu explico.  O primeiro indício dessa afirmativa dele, o qual todos conhecem, é que depois da estada de Jesus em nosso mundo, dividimos os anos em A.C. - antes de Cristo e D.C. - depois de Cristo.

Depois, a partir de reflexões próprias sobre o tema, os valores/virtudes: amor, caridade, tolerância, perdão, indulgência, misericórdia, humildade, modéstia, resignação, só para citar alguns, nos foram passados através dos tempos pelas palavras, atos, ensinamentos exemplificados por Jesus.

Em contrapartida, outros valores, tais como o egoísmo, a inveja, o ódio, o ciúme, a avareza, a cobiça, a soberba, a vaidade, a vingança, e outros, são tidos como defeitos a serem combatidos e se possível, eliminados.  Por que? Porque esses valores nos fazem mal.

Esses valores, tanto os negativos quanto os positivos são de conhecimento universal.  Embora as culturas de cada raça ou país tenham suas peculiaridades, valores como amor ou ódio são (ou pelo menos eram até há pouco tempo) interpretados ou definidos de igual maneira por todo o planeta. Se assim não o fosse, não compreenderíamos livros ou filmes de outros países.  Se leio ou assisto a um filme sobre um assassinato, por exemplo, de outro país que não o meu de origem, noto que matar uma pessoa por vingança ou ódio é considerado crime em todos os lugares.  Do contrário, também não teríamos a palavra assassinato ou crime em todos os idiomas.  Tudo isso parece óbvio, não é? Mas não é.

Então, voltemos à Jesus.  Bem, Moisés nos trouxe os dez mandamentos e Jesus não os mudou, apenas usou a si mesmo como exemplo, sendo um pouco mais suave e misericordioso, tolerante, nos mostrando que a lei do amor, além de nos tornar melhores como pessoas, nos traz internamente, um bem estar, uma paz de espírito.  O outro lado, vamos dizer, o lado do mal, ao contrário, nos traz angústia, mal estar, noites mal dormidas e o pior de tudo - a culpa.  Em suma, o mal nos faz mal e o bem nos faz bem.

Bem, toda essa separação que fiz entre o bem e o mal,  hoje não é bem assim.

A família é o primeiro núcleo, a primeira instituição onde o indivíduo terá a oportunidade de compreender, aprender e exercitar a diferença entre eles.

Na minha opinião, todo o indivíduo possui em sua personalidade os dois lados - ninguém é perfeito (alguém já o disse) porém existem intensidades diferentes ou vamos dizer, porções de mal ou de bem em cada pessoa.  Dependendo do lado que um indivíduo irá pender mais ou menos - podemos dizer "fulano é bom" ou "fulano é mau".

A sociedade como a conhecemos (ou conhecíamos?!!) caminhava para uma evolução com base nesses valores até que um dia alguém teve a ideia de dizer que esses valores positivos não eram os corretos, que eram antiquados, conservadores demais e que o futuro pedia ideias mais avant-garde, modernas.

Então, pouco a pouco, a sociedade foi se deteriorando, sem que poucas, bem poucas pessoas, percebessem o que estava ocorrendo.

Hoje, após a pandemia, tudo ficou às claras.  O mundo percebeu após o "fique em casa" o que ocorria à sua volta.  Houve um despertar de uma grande maioria sobre o que era o bem e o mal - aqueles conceitos preconizados por Jesus (outros antes do Cristo já tinham trazido à baila esses conceitos, mas como já mencionei, Jesus os exemplificou).  Contudo, ainda temos os adormecidos em leito esplêndido, os "zumbis" de nossa era - aqueles que não conseguem ler um livro, não compreendem a narrativa de um filme, não querem saber o que acontece em seu próprio país - infelizmente, apesar do despertar da maioria, muitos ainda dormem.

No início desse texto eu disse que vivemos uma inversão de valores.  A mesma tem ocorrido em todos os países, mas aqui ela se dá principalmente, no âmbito da justiça. O que era considerado bom, como a verdade por exemplo, hoje é considerado um mal - e vice e versa.

Todas as pessoas de bem assistem "de camarote" indivíduos que roubaram no passado voltarem à cena do crime, como dizem muitos, para comandarem nações (muitos países os têm) com base na mentira, na calúnia, na maledicência, na soberba e tentando convencer o povo que o mal é o bem e que o bem é o mal, o errado.

E para validar esse processo devem "eliminar" não só a família, mas também a religião, pois é justamente essa instituição que nos ajuda a compreender com mais acuidade as ideias de bem e mal.  A religiosidade, desde os tempos primitivos, foi a que trouxe a ideia de alma, sentimento, pensamento, futuro, e um consolo para os dias difíceis.

Então, caros leitores, acredito que o texto ficou muito longo e muitas ideias ainda fazem eco em minha mente.  Talvez uma segunda parte dessa ideia possa trazer reflexões mais profundas.  

Por hoje pergunto: Vocês também perceberam essa inversão de valores?

Boa semana e Feliz Natal!





  


 

2 comentários:

  1. Em nome do poder e do dinheiro, atrocidades são cometidas.😢

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    1. Infelizmente é a imaturidade espiritual do homem. A evolução é lenta...

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