sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

O BEM E O MAL - PARTE II

Caros amigos leitores,

Nessa segunda parte trago mais perguntas do que respostas, mais dúvidas do que certezas, mas por fim, trago reflexões próprias que possam não ser as vossas embora possam fazer com que todos pensem.

No texto anterior trouxe, ao meu ver, a importância da família e da religiosidade - também comentei que essas duas instituições estão decaídas, fracas e a primeira pergunta que faço é Por quê?

A terceira importante instituição que quero trazer à baila hoje é a escola, o ensino, a instrução.  Ela também encontra-se em crise.  Num passado não tão distante assim, aquele que sabia mais ensinava o que sabia menos e era dessa maneira que a instrução, o conhecimento era passado de geração à geração - a humanidade evolui desse jeito.  Depois vieram os livros, a didática, a formação de professores de diversas disciplinas - então, você tinha, por exemplo, o químico que trabalhava nessa área ou o professor de química, para aqueles que gostavam de ensinar. 

Com o avançar da evolução e da importância do dinheiro para todos, valorizou-se algumas profissões em detrimento de outras - umas "davam" mais dinheiro que outras e houve também o que eu chamo de "ciclos de importância" - esses ciclos vem e vão.  Já tivemos a valorização da profissão de médico, o qual ganhava muito dinheiro e tinha uma grande importância na sociedade.  Hoje, dependendo da especialidade médica ou do expertise do profissional, ele nem ganha muito, embora muitos deles ainda cultivem o status.

Atualmente no Brasil temos o ciclo dos advogados, mais precisamente a função de juízes - os quais acreditam serem os que detém a profissão mais importante do meio social.

Ao meu ver todas as profissões são muito importantes numa sociedade - muitas vezes, quando uma delas é enfraquecida ou falta, outra pode ser criada para preencher a lacuna.  Atualmente muitas novas funções surgiram por causa do avanço da tecnologia e assim, hoje muitos jovens querem trabalhar nessa área, não só porque pode parecer mais rentável, mas também porque lhe é dada uma importância demasiada, mas não verdadeira.

Todos nós precisamos nos alimentar, mas poucas pessoas querem trabalhar no plantio, na colheita, na criação de gado, frango, peixe.  Essas funções ficaram relegadas a pessoas de pouca instrução, pouca escolaridade.  Por quê? Não deveria ser uma profissão valorizada por lidar com o essencial de toda a humanidade?

Então, chegamos numa das profissões mais desvalorizadas em muitos países (excetuando-se no Japão) que é a função do professor. No Brasil, eu até arriscaria dizer que é uma das profissões onde o salário é muito aquém da importância desta atribuição.  No Japão, ela é a profissão mais importante e muito bem valorizada.  O povo japonês respeita muito o professor.  Não é à toa que é uma das culturas mais avançadas, não só em termos de tecnologia (hoje a Índia é a melhor nessa área) como também exemplo de povo educado, polido, respeitoso.

Em realidade, cada um deveria escolher a profissão que mais gostasse, que tivesse mais aptidão - mas não é o que ocorre.  Por quê? Devido a alguns fatores: nível econômico de uma família pode impedir um aluno que queria cursar medicina a não fazê-lo porque o curso é muito caro; o aluno atual muitas vezes, não sabe o que gosta, ou até não sabe no que é bom e acaba escolhendo uma área de estudo na qual lhe trará uma profissão mais rentável no futuro, sem levar em consideração se ele se sente bem ou não realizando tal função; às vezes a função do pai ou da mãe é o diferencial, ou seja, o aluno/o filho acaba escolhendo a mesma profissão dos pais, por comodismo, não por aptidão.

Esses são alguns exemplos de situações que ocorrem no âmbito social no que diz respeito à profissão, ou à escolaridade.

(Novamente muitas ideias surgem enquanto estou escrevendo - talvez esse tema necessite de uma terceira parte...)

Hoje, termino essa segunda parte com as perguntas: O que tem a ver tudo isso com o bem e o mal? A desvalorização contínua das instituições família, religiosidade, ensino/educação, trabalho/profissão nos movem para o lado do bem ou do mal? Do bem estar ou do mal estar? Por quê? Como? Tentarei responder com minhas próprias reflexões num próximo texto.  Aceito sugestões.

Boa semana!




 

2 comentários:

  1. A desvalorização das instituições, em minha opinião, acontece pela distorção ou inversão de valores e também pela interpretação hipócrita que o indivíduo faz a seu bel-prazer.

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    1. Com certeza. Na terceira parte tentarei falar mais sobre isso.

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