Olá leitores,
Em continuidade ao tema em questão, lembro a todos sobre as instituições apontadas nos textos anteriores: a família, a escola, a religiosidade/espiritualidade (essas duas são um pouco diferentes, mas isso fica para um próximo texto), o ambiente de trabalho/a profissão.
O bem e o mal, em minha opinião, está contido em todos nós - cada indivíduo possui sua parcela de mal e sua parcela de bem.
Quanto mais conhecemos o mundo que nos cerca e quanto mais nos conhecemos, mais fácil fica fazermos boas escolhas no dia a dia - falamos sobre pessoas más e pessoas boas. Em realidade, seria mais adequado falarmos de atos maus e atos bons.
Cada um de nós pode escolher consciente (quando sabemos quem somos) ou inconscientemente (quando não nos conhecemos) situações na vida. O que define uma pessoa boa é sua grande quantidade de atos bons realizados e vice-e-versa - o que define uma pessoa má é sua grande quantidade de atos maus.
Mas, em verdade, aqui falo de casos bem específicos - a maioria das pessoas está na média. Para exemplificar, posso conhecer uma pessoa, gostar dela, perceber nela boas ações no geral, mas também detecto uma atitude sua de pouca tolerância com outras pessoas que falam muito, por exemplo, e aí posso defini-la como uma pessoa boa com esse defeito peculiar.
Ao falarmos de boas ações podemos citar a paciência, o altruísmo, a tolerância, a caridade, a indulgência, o perdão. E, ao falarmos de más ações, podemos citar o egoísmo, o orgulho, a raiva, a mágoa, a impaciência, a irritação.
No texto anterior mencionei a inveja porque ela pode ser o estopim para muitos atos maus. Por exemplo, a vingança, a raiva ou até mais forte - o ódio por uma pessoa. Vale lembrar que estamos todos interligados energeticamente falando (vide meu texto "Todos estamos conectados" de 19.08.21) e sendo assim cada emoção nossa, cada sentimento, cada ação prejudicará ou beneficiará uma outra pessoa, um grupo e, por conseguinte, toda a humanidade.
Nem todo sentimento de inveja leva ao ódio ou à vingança. Entretanto, pode contaminar nosso próprio organismo antes de prejudicar outra pessoa. A inveja pode ocorrer em quaisquer das instâncias - na família, na escola/faculdade, na reunião religiosa, no ambiente de trabalho. Porém se cada indivíduo pudesse perceber esse seu sentimento em si mesmo, ele poderia "bloquear" suas possíveis consequências, tais como, a raiva, a desconsideração e a falta de respeito para com a outra pessoa e, em realizando tal ato, poderia evitar o desejo de vingar-se.
A vingança pode aparecer indireta ou diretamente. Eu diria que indiretamente poderia usar de maledicência, da calúnia e diretamente, caso tivesse algum poder sobre o indivíduo invejado, tirá-lo do emprego, rebaixá-lo de um posto superior, destruir sua reputação perante o público e assim por diante.
De tudo isso adviria o mal e em continuando nessa toada esse indivíduo poderia ser considerado mau, vil, perverso. Se ele soubesse o porque ele está fazendo o que faz, se se conhecesse realmente, talvez ele mudasse suas ações.
Hammed, em seu livro "A busca do melhor" traz o seguinte:
"A vingança ocorre quando o indivíduo não consegue perceber seu íntimo enrijecido por velhas dores mal resolvidas. Ao sofrer uma ofensa, crê que sua amargura será sanada somente quando houver vingança. Como não pode se vingar de si mesmo, torna-se um acusador, um perseguidor feroz e implacável, ignorando que a vingança por si só não cura agressão física e verbal, na maioria das vezes, pelo contrário, só as agrava."
"Não existe grandeza de caráter sem bondade, assim como não existe vingança sem mediocridade."
"Quem está em perfeita harmonia não se encoleriza, mas quem está em discordância e incoerência consigo mesmo vive sempre armado, pois se acredita invadido e maltratado segue sempre inseguro. Como não fica tranquilo, acusa os outros da sua intranquilidade."
Como já disse no outro texto: o mal faz mal para nós e o bem faz bem para nós.
A raiva, a mágoa, a impaciência, a vingança fazem mal a nós, nos trazem sofrimento - quando somos ofendidos sofremos e quando nos vingamos de quem nos ofendeu, sofremos em dobro com suas consequências - é como um ciclo vicioso. Só a constatação de que os outros não pensam como nós, que não temos como mudá-los e que somente buscando a harmonia interior evitamos o sofrimento.
Finalizo o texto de hoje com mais um parágrafo do livro de Hammed citado anteriormente para vossa reflexão mais profunda:
"Mais do que nos fixarmos em atitudes e palavras, é preciso mudar pensamentos e crenças. Antes de investirmos no sentimento de vingança, devemos reavaliar as experiências vividas e buscar ajustar nossas deficiências interiores, para não repetirmos as mesmas reações precipitadas. Reações essas que resultarão em novos sofrimentos, ofuscando os verdadeiros motivos que impulsionam nosso modo de agir desastroso."
Boa semana!
Todos somos bons e maus ou cometemos atos do bem ou do mal. É o fiel da balança da consciência.
ResponderExcluirÉ complicado estar "bom" ou ",mal". Pessoas há que acha os "bons" fáceis de manipular e os"maus" merecem respeito.
ResponderExcluirMas, como disse a Margarida, nossa consciência deve ser nosso guia nesse assunto, falando no individual . No coletivo as coisas mudam.