Caros leitores amigos,
O texto de hoje foi baseado na regra 11ª do livro de Jordan Peterson "Além da Ordem - Mais 12 Regras para a Vida". Já escrevi sobre as outras 10 regras em textos anteriores e havia um tempo que queria terminar de escrever sobre esse livro, mas houve tantas outras ideias que ele foi deixado para trás momentaneamente.
Peterson é bastante prolixo e nesse capítulo acaba versando sobre muitos assuntos - em suas aulas/palestras no YouTube ele fala muito e então em seus livros ele escreve muito também. Sendo assim, farei um apanhado geral das ideias que mais fizeram sentido para mim. Em realidade, o título do capítulo dele na íntegra é "Não se permita tornar-se ressentido (ou magoado, ou ofendido, ou até vingativo - essas ideias em parênteses são minhas), falso ou arrogante".
Então, no decorrer do seu texto ele vai explicando, com muitos exemplos e histórias, o porquê não podemos nos tornar magoados, falsos ou arrogantes.
No mundo atual convenhamos, é até compreensível nós adquirirmos essas qualidades vez ou outra - é compreensível, mas não o ideal de vida. Cada um de nós têm sua problemática interna, entretanto nossos comportamentos devem fazer do mundo um lugar melhor - essa atitude não só nos traz bem estar como também a vibração do planeta torna-se mais leve e purificada.
Cada palavra do título desse texto reporta-se a algumas características comuns à maioria das pessoas.
Em outras palavras, Peterson afirma que somos ressentidos por causa do desconhecido e de seus horrores, porque a natureza conspira contra nós, porque nós somos vítimas da tirania da cultura, e por causa de nossa malevolência e da maldade dos outros. Essas são razões suficientes. Não faz de nosso ressentimento algo apropriado, mas certamente é uma emoção compreensível.
A mágoa, o ressentimento nos acontece quando algo que imaginávamos de uma dada situação não ocorreu como esperávamos. Então nos magoamos, nos ofendemos e nosso dia, ou nossa semana, ou até nosso ano fica pesado e todas as vezes que pensamos nessa circunstância, sentimos tudo de novo, ou seja re-sentimos - ressentimento.
A falsidade nos acontece quando aparentamos ser o que não somos; às vezes são pequenos momentos que não conseguimos ser autênticos e por causa dessa atitude, mesmo que passageira, nos sentimos estranhos e até para nós mesmos, sentimos como se fôssemos uma farsa.
A arrogância pode ocorrer quando temos uma ideia fechada sobre um assunto e alguma pessoa nos confronta com uma ideia contrária. Muitas vezes é muito difícil percebermos em nós mesmos algumas características de nossa personalidade. Peterson nos sugere que devemos muitas vezes ouvir pessoas que diferem de nós e por causa dessa diferença, termos a habilidade de ver e reagir apropriadamente sobre aquilo que não havíamos detectado antes em nós mesmos.
Apesar de tudo isso, nós sabemos que somos capazes de realizar boas obras - podemos agir apropriadamente em muitos momentos de nossa existência como consequência de sermos verdadeiros, responsáveis, gratos e humildes.
Peterson afirma que a atitude ideal para o que ele chama, o "horror" da existência - é assumir que há muitos de nós, da sociedade e do mundo para justificar a existência. Essa é a fé em nós próprios, em nosso próximo e na própria estrutura da existência.
Ele sugere que, a cada manhã, ao acordarmos deveríamos nos perguntar: "O que devo fazer das possibilidades que vejo à minha frente - complexas, preocupantes, excitantes, chatas, restritas, ilimitadas, felizes ou catastróficas?"
A ideia aqui, ao meu ver, é enfrentar cada novo dia, assim como ele é - NOVO. Um dia com novas possibilidades de fazermos o melhor ao nosso alcance e buscando sempre perceber e compreender porque fazemos o que fazemos - o que nos move na vida.
Boa reflexão!