Caros leitores,
Esse mês, o Clube de Leitura teve a incumbência de discutir o livro de Jack London, "O Lobo do Mar". Ele foi escrito em 1904 e foi considerado um clássico no gênero aventura e foi traduzido em quase todas as línguas. Narra a história do poderoso e violento comandante de uma escuna que caça focas, o capitão Lobo Larsen.
Para falar um pouco do autor, transcrevo uma ligeira biografia, provavelmente escrita pelos editores (o livro que li é da Editora Martin Claret): "Jack London é um dos romancistas mais influentes de sua época. Sua narrativa era de cunho absolutamente realista e eram baseadas em suas experiências pessoais. Aos quatorze anos deixou a escola e saiu pelo mundo a viajar, e de sua vida fez uma aventura. Seus romances são um verdadeiro louvor à vida, à aventura e à natureza. Exaltava em suas obras a simplicidade e sabedoria do homem do campo que via a vida e a morte como consequências de se estar vivo. Em O Lobo do Mar Jack London coloca em questão a importância da vida humana, a imortalidade da alma e a vida dos demais seres vivos enquanto criaturas de Deus, tendo suas vidas tanta importância quanto a do homem - segundo Lobo Larsen a vida é importante para quem a possui, para ninguém mais, ou seja, a nossa vida tem o valor que lhe damos. O Lobo do Mar é mais que uma aventura em alto mar, ou mesmo, uma experiência em que o mais forte sobreviverá, é um mergulho na alma de seres estranhos, grotescos, os quais dominam pela força bruta e ao mesmo tempo conhecem os mais profundos medos e rancores de nossa alma."
No livro há influência das ideologias de Nietzsche, Darwin e Marx - e fica claro para o leitor a luta entre o bem e o mal. Por vezes, senti dificuldade de ler por causa das muitas cenas de violência.
Uma das componentes do grupo do Clube de Leitura postou uma crítica muito boa, ao meu ver. Vou transcrever algumas partes, as quais achei bastante relevantes, principalmente à respeito dos dois principais protagonistas da história: "Dois homens: Lobo Larsen e Van Weyden. Como cenário, uma escuna e seus miseráveis tripulantes. Dois homens muito diferentes em todos os sentidos. O Lobo criado nas duras lidas do mar tornou-se forte fisicamente e forte também é a sua rejeição à toda fraqueza humana. Então trabalha com os piores homens, deixando bem claro que a vida e a sobrevivência deles em nada lhe importa. Mas exige obediência. É um homem brutal, a violência e falta de empatia está presente em todos os momentos. Van Weyden, um náufrago recolhido ao "Ghost" (nome da escuna). Franzino de corpo, culto, adaptado à vida moderna, o que destoava da vida de Larsen. Então, aquela convivência forçada entre os dois e a tripulação, torna-se um tormento na vida de Van Weyden. Mas Larsen é um autodidata, tem uma biblioteca na escuna, tem um QI alto e esse é o ponto de ligação entre os dois. Mas, nem os filósofos e humanistas que Lobo lia o faziam mudar de ideia sobre a vida e a morte. Mas, lhe atormentava ter esse conhecimento."
O livro tem outros personagens, todos muito interessantes com suas idiossincrasias. A discussão no clube foi muito produtiva; todos gostaram de tê-lo lido e muitas reflexões advieram de sua leitura e discussão.
Assim, indico esse livro não apenas como entretenimento, mas também como uma maneira de descobrir outros tipos de vida em situações inusitadas, onde muito provavelmente, muitos de nós jamais nos encontraremos.
Fica a dica para boas reflexões!
Boa semana, pessoal!
Nenhum comentário:
Postar um comentário