sábado, 25 de maio de 2024

"EUGÉNIE GRANDET"

Caros leitores,

Neste mês de maio, o livro de nosso Clube de Leitura foi de autoria do francês Honoré de Balzac, aquele da famosa expressão "a mulher de trinta", aliás esse é um título do seu mais famoso livro, daí a expressão.

Assim, o livro deste mês foi Eugénie Grandet, escrito em 1833. Balzac é considerado o fundador do Realismo na literatura moderna.  Este livro faz parte dos 91 romances contidos na sua obra principal "A Comédia Humana" (não confundir com o livro de Dante Alighieri "A Divina Comédia").

Sob um olhar superficial, Eugénie Grandet conta a história de uma jovem que mora numa cidade do interior da França.  Ela "vive uma existência miserável imposta pela avareza de seu pai, um rico, porém rude tanoeiro (de acordo com o dicionário Aurélio, tanoeiro é aquele que faz e/ou conserta pipas, cubas, barris, tinas, etc.), cujo prazer é simplesmente acumular fortuna, sem usufruí-la nem deixar que a filha e a esposa o façam.  Sua desventura aumenta com a chegada de um primo de Paris; apaixonando-se por ele, e iludida por suas vãs promessas de casamento, vê-o partir para as Índias em busca de fortuna, deixando-a numa espera infrutífera."

Entretanto quando se analisa mais profundamente a obra pode-se notar como era o quadro social da França nesse período.  "Tanto as desventuras de Eugénie como os valores que regem pai Grandet, e seu sórdido apego ao dinheiro, são dissecados meticulosamente por Balzac, por meio de uma narrativa de cunho eminentemente realista." "O que está em jogo aqui é o desmascaramento de como as convenções sociais se impõem, a revelação dos mecanismos que fazem os sentimentos e sentidos da vida se subordinarem às regras do poder do dinheiro e as conquistas alcançadas por meio do alpinismo social."

A discussão do livro foi razoavelmente acalorada e através de um dos participantes do Clube de Leitura pudemos refletir sobre a parte trágica da avareza do Pai Grandet e perceber que ela tem uma veia cômica.  Eu mesma, em muitas partes do livro, ri bastante.  Acabamos até concluindo que o livro era uma sátira não somente da avareza do pai de Eugénie, mas também de outras vertentes da sociedade francesa do século XIX e começo do século XX.

Ao final da obra acabamos descobrindo qual era o destino da mulher de trinta anos daquela época e como Balzac a retratou.  Bem, quem quiser saber o destino de Eugénie, basta ler o livro.

Boa semana!


 


 

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