sábado, 6 de julho de 2024

REFLEXÕES SOBRE O OLHAR - PARTE II

Olá leitores,

Na segunda parte desse tema, trago algumas ideias de Ermance Dufaux, as quais estão listadas em seu livro "A inspiração das relações luminosas" sobre o olhar. A parte em itálico é dela e o restante são minhas reflexões.

Dufaux nos traz alguns exemplos de oportunidades quase perdidas porque decidimos não olhar para elas.  Digo quase porque oportunidades outras surgirão em nossa jornada - mas, quanto mais cedo abraçarmos essas oportunidades, mais cedo nos livraremos de algumas lições - contudo, sem pressa - tudo no tempo de cada um.

Vamos aos exemplos:

"Ressurge a oportunidade do perdão, mas você prefere a condição de vítima que foi lesada.  Fazendo-se de vítima, você acredita na maldade dos outros."

O perdão realmente não é fácil principalmente dependendo de quem o magoou.  Mas se já sabemos que o não perdoar pode nos trazer enfermidades não seria mais sensato, nos esforçarmos para exercitá-lo? A primeira vez é a mais difícil, depois, com a prática e o uso da razão, fica mais fácil de realizá-lo.

Em algumas situações fomos realmente lesados, mas onde está a nossa misericórdia em compreender que uma conversa franca, muitas vezes, pode nos auxiliar a compreendermos ou sermos compreendidos pelo outro? A maldade é sinônimo de ignorância - não uma ignorância intelectualmente falando - mas uma ignorância emocional.  Quando somos magoados nos achamos acima de tudo e de todos e nossa onipotência (orgulho) não nos permite, ainda, olhar para o outro com olhos de compaixão - achamos simplesmente um absurdo sermos magoados, repreendidos.  O outro que nos magoa também tem sua ignorância intrínseca - talvez ele nos veja como uma ameaça e também tem sua onipotência (orgulho); ele acha que é melhor do que nós - os dois lados sofrem do mal do orgulho e quando um dos lados consegue ver a característica primordial dessa situação, há o perdão e com ele, o entendimento real da circunstância.  Assim, compreendamos, uma vez por todas que o mal é ausência de bem.  Ainda fazemos o mal quando não nos conhecemos porque ainda sofremos de seqüelas emocionais de hoje e de ontem.

Como segundo exemplo, Dufaux traz o seguinte: "Aparece uma ocasião para você provar a paciência e, a pretexto de sinceridade, você escolhe a agressividade.  Optando pela agressividade, você envenena seu próprio coração."

Nesse exemplo falamos do "sincericídio".

Jesus nos ensinou a buscar a verdade que ela nos libertaria.  Palavras sábias quando bem compreendidas.  Ousamos dizer que ainda não temos o total conhecimento da verdade que Jesus preconizou.

Mas, como lidar com a verdade de cada um? No mundo existe a Verdade Maior e a verdade de cada pessoa.  O que uma pessoa já sabe acerca de um determinado assunto, outra pode não saber muito sobre esse mesmo assunto.  Se isso ocorre, ao nos relacionarmos devemos ter o cuidado com nossa palavra e nossos atos para não causar desentendimentos inúteis.

Atos de agressividade sempre ferem primeiramente o agressor antes de ferir o outro.  Sejamos sensatos e tentemos aprender logo essa tal de paciência para nos auto ferirmos menos.

No terceiro exemplo Dufaux nos fala de nosso aprendizado: "Chega o convite para o aprimoramento e você abona sua recusa com cansaço.  Alegando cansaço, você espera caminhos ilusórios de facilidade."

Com certeza, muitas vezes sofremos de cansaço físico - mas aqui falamos da falta de vontade para realizar tarefas que podem nos auxiliar a compreender a roda da vida. Falamos de auto procrastinação.

O quarto e último exemplo que a autora apresenta é praticamente uma outra versão do terceiro exemplo:  "Você é chamado a servir e foge para os braços da preguiça, alegando falta de tempo.  Entregando-se à preguiça, entorpece-se com o conceito falso de sorte a respeito de suas realizações."

Aqui a preguiça é apresentada como uma grande destruidora de oportunidades.

Uma vez nos foi dito que se precisamos de ajuda numa tarefa, ou um favor de alguém, devemos pedir para a pessoa mais atarefada que ela arranjará um momento em suas tarefas para atender nosso pedido.  A pessoa que tem poucas coisas a realizar no seu dia-a-dia e alega falta de tempo está tomada pela preguiça e pelo cansaço emocional e mental.  A título de aprendizado, percebamos como todos nós temos, diariamente, muitos momentos de preguiça - principalmente aqueles de nós que vivemos adiando problemas, situações ou resoluções.  Aqui falta-nos coragem, fé e força de vontade.

Aprendamos que, com certeza, todos temos questões a resolver - quanto mais cedo resolvermos uma questão, mais cedo oportunidades aparecerão para resolver outras questões - e assim, de questão em questão, de problema em problema caminharemos mais confiantes, mais felizes e mais realizados em direção ao nosso alvo que é uma vida mais plena de significado.

Boa semana!








 

Um comentário:

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