sábado, 28 de junho de 2025

VONTADE

Olá leitores,

Os dois textos anteriores "Baixa Estima" e "Vício" e o de hoje "Vontade" foram baseados no livro de Hammed "As Dores da Alma".  O texto de hoje é uma pequena conclusão dos dois anteriores.

A baixa autoestima e o vício estão ligados na medida em que eles são válvulas de escape, maneira de fugir à responsabilidade, de arcar com os próprios atos, de tomar a vida com as próprias mãos.  A fuga da realidade acontece por medo, por preguiça, por comodidade - fatores estes passíveis de serem descobertos fazendo-se uma profunda autoanálise.

Podemos dizer que a maioria dos vícios tem como origem o egoísmo.  Se a causa maior dos vícios está no egoísmo, parte do caminho está percorrido.  Resta compreender de que instrumentos o egoísmo faz uso para continuar existindo.  A partir do conhecimento das causas, pode-se chegar ao exercício da vontade.

Uma vez descobertas as causas da baixa autoestima e concomitantemente, dos vícios, como desenvolver a vontade?

Antes de mais nada observemos que a vontade é a expressão do livre-arbítrio e é constituída dos seguintes fatores dinâmicos:

Impulso

Surge no campo sentimental, e em nível emocional, surge a elaboração mental, plasmando ideias, prevendo obstáculos, ponderando possibilidades, articulando pensamentos e avaliando a própria capacidade de realização.  Parte importante da vontade, pois sem o impulso, não há concretização da mesma.

Autodomínio

Fase de combate dentro de cada um onde contornam-se dificuldades íntimas, exercendo domínio progressivo sobre as paixões e apegos, combatendo momentos de desânimo, e assim vencer os obstáculos criados pelas próprias fraquezas, limitações psicológicas, incertezas e receios.

Deliberação

Para deliberar é preciso conhecer amplamente as circunstâncias favoráveis e desfavoráveis do assunto em questão.  Há que se dinamizar em cada um o hábito de observar, analisar e avaliar os acontecimentos do dia-a-dia.  O hábito da análise coloca a imaginação e a criatividade em ação, ampliando assim a capacidade mental.

Determinação

É o primeiro ato da ação.  Mas antes da ação propriamente dita, deve-se programar as ações a serem formadas, relacionar os passos a seguir e empenhar-se em cumpri-los com rigor, firmeza, energia e coragem.

Ação

A ação é a concretização dos impulsos que foram articulados nos pensamentos.  É a ideia condensada, materializada numa realização.

Em resumo, a vontade é semelhante a um projétil tendo como alvo o conjunto dos vícios e defeitos.  A vontade não estaciona no impulso, prossegue no autodomínio, se firma na deliberação, começa a tomar forma na determinação e se concretiza na ação.

Todas essas etapas para exercer a vontade ocorrem de maneira rápida, dinâmica e até, em muitos momentos, inconscientemente.  Mas, para o iniciante na arte de exercer a vontade, há que se imbuir de disciplina, constância, otimismo - sem esses auxiliares, a autoestima não aparece o vício não é eliminado.

Boa reflexão!






 

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