sábado, 5 de julho de 2025

"O ESTRANGEIRO"

 Caros leitores,

Nosso livro do mês, em nosso Clube de Leitura foi "O Estrangeiro" de Albert Camus, "um escritor, filósofo e jornalista franco-argelino (ele nasceu na Argélia) conhecido por suas contribuições à literatura e ao pensamento filosófico do século XX.  Em 1957, foi agraciado com o Prêmio Nobel de Literatura.

Em sua produção literária e filosófica, Camus destacou-se por abordar questões como a liberdade, a justiça e a responsabilidade individual.  Sua filosofia, frequentemente associada ao Absurdismo, enfatiza a contradição entre a busca humana por sentido e a aparente indiferença do universo.  Entre suas obras mais conhecidas estão "O Estrangeiro" (1942), "O Mito de Sísifo" (1942) e "A Peste"(1947).

No campo político, Camus posicionou-se contra o Totalitarismo criticando tanto o fascismo quanto o stalinismo.  Sua postura crítica em relação à União Soviética e ao Partido Comunista Francês levou a divergências com outros intelectuais, como Jean- Paul Sartre." (Wikipédia).

"O Estrangeiro" é denso, pesado, mas tem seu propósito - a reflexão.  Quando comecei a ler achei a linguagem do livro "pobre", direta.  Inclusive achei que tinha comprado uma edição adaptada/condensada - mas depois descobri, conforme fui lendo, que foi uma ideia proposital do autor - o personagem Meursault (o tal "estrangeiro") era uma pessoa assim - pouca reflexão, vivia de uma maneira simples, e aparentemente era uma pessoa insensível (era o que os outros o consideravam).  No funeral da mãe não mostrou grandes emoções, não chorou e depois do mesmo foi nadar.  Em tempo, a mãe vivia num asilo e ele pouco a visitava.

Não irei contar toda a história mas ele comete um crime lá pela segunda metade do livro e é condenado.  Entretanto, nas entrelinhas, ele foi condenado mais por sua insensibilidade (também ao cometer o crime) e não pelo crime propriamente dito. Em seu julgamento, o procurador afirmou "Acuso este homem de ter assistido ao enterro da mãe com um coração de criminoso".

Para mim, este livro fala mesmo sobre "a contradição entre a busca humana por sentido (entendo que o personagem não vê sentido nas coisas que faz) e a aparente indiferença do Universo" (como está no Wikipédia).  Ele comete o crime por causa do calor excessivo e a luz do sol do local em seus olhos, por sua falta de paciência com os outros - no interrogatório do juiz de instrução ele pensa "Como sempre que me quero desembaraçar de alguém que já nem estou a ouvir, fiz menção de aprovar", entre outros fatores, na minha opinião.

A leitura da obra não foi fácil, confesso.  Mas a discussão do grupo foi rica em reflexões.  O personagem é o estrangeiro do título, uma vez que seu comportamento é bem diferente do que se espera de um ser humano e por essa razão achei muito interessante a sua leitura.

Que tal ler e buscar sua própria reflexão?

Boa semana!



Um comentário:

  1. dele eu conheço o Mito de Sisifo mas, vou procurar este também. O comentário aguçou a minha curiosidade.

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