sábado, 12 de julho de 2025

"ATÉ QUANDO CATILINA?"

Olá leitores,

Atualmente tenho visto, presenciado e ouvido tantas coisas estranhas acontecendo  no mundo e, principalmente no Brasil, que nada mais me surpreende.  Passados cinco anos da "fraudemia" e ainda existem pessoas dormindo em "berço esplêndido" (aliás essa expressão/frase deveria ser eliminada de nosso hino - talvez ela seja responsável por termos ficado adormecidos por tanto tempo).

Parafraseando uma figura política, da qual não vale a pena nomear, "A pandemia foi a melhor coisa que aconteceu..." - para mim e para muitas pessoas que "sobreviveram lucidamente" a ela foi um divisor de águas.  Aqueles que acordaram viram um novo mundo a se descortinar frente aos seus olhos - no bom e no não tão bom sentido.  

O mundo que achávamos que estávamos vivendo não é real. Tudo é uma simulação parecida com o filme "O Show de Truman" - a diferença é que nessa película o espaço da cidade é limitado.  A nossa "realidade" acontece no planeta como um todo.

Melhor eu me explicar.  Aquilo que acreditávamos ser a vida - nascer, estudar/brincar, namorar, arranjar emprego, trabalhar até se aposentar, se aposentar, envelhecer, morrer - não é bem assim.  Muitas "teorias da conspiração" surgiram e algumas delas não são teorias.

O melhor exemplo é o antigo livro de George Orwell "1984" (já escrevi um texto sobre ele) - outras obras deste autor também são muito boas; outro livro que trata dessa mesma realidade em outro contexto de uma maneira mais sutil é "A Revolta de Atlas" (também escrevi um texto sobre esse livro) onde Ayn Rand dá uma boa ideia (na minha opinião) de como poderemos sair dessa sinuca.  Livros à parte, quero compartilhar um pouco do meu "desabrochar" ou "acordar" desse sono que pareceu longo demais.  O termo "desabrochar" até serve melhor nessa fase pois foi como um "renascer" para uma nova realidade (mas qual é a realidade?).

Durante a "fraudemia", como não podíamos sair e ir onde quiséssemos, assistimos, meu marido e eu, muitos filmes, documentários, canais diferentes do YouTube e descobrimos um novo mundo: ETs, meditação (fizemos e fazemos muita meditação), geografia política (apelidada hoje de geopolítica), história dos povos e mais que tudo, tentamos e ainda continuamos a tentar compreender a NOM - Nova Ordem Mundial (também escrevi um texto sobre isso superficialmente).

Até entendo que o planeta está superpopuloso, mas há regiões sem excesso de pessoas - a maioria prefere as zonas urbanas, enquanto o meio rural escasseia de população.  Com a população excessiva num local também escasseia a instrução, o trabalho - também um causador de "adormecimento" - as pessoas leem menos, estudam menos e por conseguinte, raciocinam/pensam menos - atualmente pensar por si próprio virou egoísmo, individualismo, solitude - para o meio social temos que ter uniformidade, pensamento único, harmonia.  A diversidade (de sexos, não de opiniões) é buscada, mas a cada dia temos muitas brigas, revoltas, falta de paciência, tolerância com os diferentes (e hoje os diferentes são os que estudam, que leem, os mais velhos).  Os de opinião X não querem tolerar os de opinião Y - só aceitam a si próprios como pessoas tolerantes, os outros é que são intolerantes - é como o livro 1984 "Guerra é Paz".

Bem, parece até que saí do tema - mas não - o texto é um desabafo sobre como as pessoas são manipuladas (ainda sou uma delas em algumas áreas) e não percebem e se percebem preferem assim - o mundo ficou apático, eu diria até medíocre.  Não se pode falar nada às claras.  Só os corajosos, aqueles que não tem nada a perder, aqueles que entenderam que o mundo espiritual, a alma, o bem estar, o estar em paz dentro de si é o mais importante para a vida, conseguem se expor.  Para aqueles que já entenderam para onde o mundo caminha sabem do que estou falando.

A cada dia que passa fica mais difícil voltar ao normal (mas o que é o normal?).  Para mim, a moral é começo do "normal" - Onde podemos aceitar que matar, roubar, mentir, ludibriar, manipular é bom? Quando começamos a aceitar que "bandidos" fiquem "incomodando" a vida dos outros, onde precisamos colocar grades, cercas elétricas, câmeras, em nossas casas para podermos viver bem? Quando começamos a aceitar que alimentos processados em indústrias de grande escala são bons para nossa saúde? Quando começamos a aceitar que todo medicamento quimicamente modificado (às vezes até com derivados de petróleo) é bom para nosso tratamento ao invés de frutas, verduras, plantas medicinais, ervas naturais ou até tomar sol? Quando começamos a aceitar como normal termos animais "domesticados", presos em nossas casas sendo alimentados por ração e muitas vezes maltratados (imagine pássaros em gaiola com asas para voar...)? Quando começamos aceitar como normal retirar todas as árvores de uma rua porque "as folhas" entopem bueiros e sujam as calçadas? Quando começamos a aceitar o lixo acústico (eles chamam de música), a fumaça, o barulho de vizinhos como se isso fosse "direito" deles? Aonde está a polidez, o bom senso, o respeito de um ser humano por outro? Quando começamos a comprar compulsivamente roupas e objetos pois o "novo" nos traz mais conforto e faz-nos sentirmos especiais? E o que dizer do lixo acumulado no planeta do descarte de nossas roupas e objetos "velhos"? Quando começamos a tirar a terra, as plantas e árvores de nossas casas e começamos a substituí-las por cimento, lajotas, porcelanato, asfalto nas ruas porque isso é (ou era) o retrato do progresso? Até quando vamos aceitar pagar impostos/taxas sobre nossa casa própria, nosso carro, nosso trabalho? "Até quando Catilina?"

Pois é - acordei para  muitas coisas que não percebia como excrecências da dita raça "humana" - e achava tudo normal.  Hoje, pós-pandemia me vejo como "um cego em tiroteio" ou "um cachorro caído de um caminhão de mudança" como dizem.  Mas vou levando: aprendo a cada dia onde não quero estar e com quem não quero compartilhar minha vida, meus pensamentos, meus sonhos, minhas coisas e minha dores.  Compartilho com vocês, leitores do meu blog e acredito fazer "eco" em alguns poucos de vocês.

Desculpem o desabafo!

Boa reflexão!

Boa semana!

P.S.: A expressão "Até quando Catilina?" se encontra explicada em um texto do blog  de dezembro de 2024 intitulado "Megalópolis parte 1".

 


 

 

Um comentário:

  1. Concordo plenamente com as suas palavras. Percebo que o mundo, infelizmente, está assim mesmo...

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