terça-feira, 19 de abril de 2022

COINCIDÊNCIA FANTÁSTICA?

 "Os artistas são a antena da raça".   Ezra Pound

Caros leitores,

O texto de hoje será sobre o filme "Animais Fantásticos - Os Segredos de Dumbledore", o terceiro filme sobre os animais fantásticos.  Sou fã de Harry Potter e da sua criadora J.K.Rowling.

Este filme achei incrível pela sincronicidade de sua história com a realidade, mais especificamente, com fatos  relacionados a um grande país da América Latina.  Ainda não vi nenhuma análise dele.  Sendo assim, resolvi eu mesma realizar tal feito.

Para aqueles que ainda não assistiram ao filme e pretendem fazê-lo, aviso - esse texto trará o "spoiler".

A primeira metade do filme é repleta de efeitos especiais (todo o filme o é, entretanto a primeira parte é mais recheada disso), muitas cenas engraçadas e muitos bichos estranhos, os tais animais fantásticos.

Na segunda parte do filme, a história começa a ficar interessante e intrigante - a cada cena que ia se desenrolando, eu perguntava em tom de comentário para meu marido, o qual assistiu o filme comigo: "Ela está escrevendo(falando) sobre o (do) Brasil?" (Ela, no caso, a escritora).  Acho que a meia hora final, ou até mais, fiz essa observação umas três ou quatro vezes, tamanha a verossimilhança com a situação política desse país latino americano.

O tema central do filme era uma "votação" para o presidente do "planeta", o qual governaria para os bruxos e os trouxas.  Entretanto, para que isso fosse realizado foi capturado um animal fantástico, um tal de "qilin" (uma mistura de cachorro com ovelha/carneiro).  Esse animal tinha a capacidade de "enxergar" a alma de um indivíduo e ele saberia se o mesmo era bom, de bom coração, honesto, ou mau, desonesto.

Mas, em realidade o vilão da história "roubou" o qilin do personagem principal, vamos dizer do "mocinho" do filme.  Então ele o matou e depois por um ato de magia restituiu à vida ao mesmo, fazendo com que ele, o vilão, fosse considerado bom pelo qilin por lhe ter restituído à vida.

Entretanto, no ato do parto, nasceram gêmeos qilin, mas quando um deles foi capturado o outro irmão gêmeo ainda não havia nascido e assim sendo, o vilão não sabia que havia dois qilins.

Vogel, outro personagem da história, que acredito fazer parte do comitê para a preparação da cerimônia da escolha do presidente, um dos "ministros" da magia, resolve que o vilão deveria ser um dos candidatos para o cargo, embora fosse notório que este era desonesto, uma "pessoa do mal", vamos assim dizer, inclusive com condenações.  Vogel disse que era só para constar porque quem decidiria a escolha do presidente seria o qilin.  Assim, ele disse que todos poderiam ficar tranquilos porque ele não teria chances de ganhar.

O outro candidato forte era uma mulher chamada Vicência Santos, pessoa do bem.  Resolveram também escolher um terceiro candidato para que a situação não ficasse tão "polarizada".

Para não me alongar tanto na história, no final Santos ganha porque embora o qilin tenha se curvado, feito uma reverência para o vilão, pois ele estava "adulterado" pela magia, o qilin verdadeiro, o outro gêmeo aparece e se curva, faz a reverência  para Dumbledore, o outro "mocinho" da história, a pessoa do bem. Dumbledore  não era candidato, então a reverência posterior foi feita para Santos.

Bem, vamos à minha análise (em realidade foi uma análise minha e de meu marido em conjunto).

Havia dois qilins: um autêntico e outro adulterado - ou seja, duas urnas eletrônicas.  Um fato que me chamou a atenção, o qual só descobri no final, era que a atriz que protagonizava Santos era a brasileira Maria Fernanda Cândido.  Foi uma coincidência a autora ter escolhido uma atriz brasileira para o papel?  Não faço a mínima ideia de como essa escolha é realizada.

Outra sincronicidade com o referido país: o candidato maléfico, vilão, desonesto foi escolhido pelos "magistrados" para ser um dos candidatos; como já mencionei, um terceiro candidato foi escolhido para que não houvesse "polarização" (essa palavra não é dita no filme, mas o motivo foi este, ao meu ver).

Entretanto, o mais extraordinário de tudo foi o país onde essa cerimônia foi realizada: Butão.

Só existem no mundo três países onde se usa urna eletrônica não auditável no processo eleitoral: Bangladesh, Brasil e ... Butão.

Não sei se a autora escreveu tudo de caso pensado ou se meu marido e eu, "viajamos" na análise.  Tudo pode ser obra daquele famoso "acaso" que não existe.

Para Carl Gustav Jung, eminente médico e psicólogo suíço, a sincronicidade ocorre a todo momento e poucas vezes ela é percebida pelas pessoas.

Boa reflexão!



 





5 comentários:

  1. Interessante, como diz o Osmar. Se a descrição do cenário político não for brasileira, realmente é coincidência. Não assisti o filme.

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    1. Oi. Se vc assistisse me ajudaria a ver se estamos exagerando...

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    2. Pela sua descrição, Sônia, é cópia fiel do que estamos vivendo.🤭

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