terça-feira, 3 de maio de 2022

O QUE FAZER COM O QUE SOBROU DE UM RELACIONAMENTO

Olá leitores,

Todos nós já rompemos um relacionamento em nossa vida. Aqui quero dizer qualquer tipo de relacionamento - de amizade, amoroso, de trabalho, de estudo, familiar.  É um momento difícil, mas em muitos casos, inevitável.

Como ainda não entendemos em sua plenitude o que é o amor genuíno, criamos laços (algumas vezes, algemas) de relacionamento e nos recusamos a quebrá-los.

O que fazer quando esses relacionamentos acabam?

Ermance Dufaux (escritora que já foi mencionada em textos anteriores) nos traz a ideia de que "os relacionamentos não acabam; transformam-se" - eu ainda completaria, eles nos transformam.

Quando fazemos uma reflexão sobre nosso passado podemos lembrar-nos de muitos relacionamentos que foram quebrados - a grande maioria deles deixou "sequelas" em nossa personalidade - algumas delas foram de nossa responsabilidade, outras foram da outra parte - mas não importa quem foi o responsável pelo rompimento e nem o motivo pelo qual isso ocorreu -  o que importa é o resquício desse relacionamento em nossa vida.

Cada relacionamento em nossa vida é importante - ele nos enriquece de todas as maneiras - se soubermos valorizá-lo, aprenderemos muito, nossa personalidade se engrandecerá e o caminho para a felicidade tornar-se-á mais fácil de galgar.

Até o momento, falamos sobre como os relacionamentos são importantes para nós, mas e quando eles se rompem, o que fazer? Como agir quando queremos manter um relacionamento e a outra parte não pensa assim?  Ou ao contrário, como nos separar de uma pessoa que não queremos mais manter em nossa vida?

Dufaux nos elucida: "Você pode encerrar a amizade, procurar ser indiferente, separar-se, tentar ignorar a pessoa, mas há uma parte espiritual e energética em cada relacionamento que sempre continua após esse rompimento.  Essa parte você não anula e, dependendo do contexto, mesmo distante e sem contato, esse vínculo energético pode influir em seu mundo pessoal mais do que você imagina, trazendo malefícios, quando mal encerrados, ou uma força positiva, quando orientados para uma visão amorosa e compensadora."

Cada pessoa que encontramos na vida nos enriquece - algumas são passageiras, outras permanecem por um tempo, e outras ainda ficam para a vida inteira, e outras compartilham conosco a eternidade.

Como foi dito no início, não importa se esse relacionamento é duradouro ou não - o que importa é como me sinto "dentro" dele e o que ele deixou comigo quando foi rompido.

Bem, relacionamentos amorosos quando terminam podem ser uma pequena catástrofe, principalmente se não tivermos em mente que tudo passa, que progredimos; a temporalidade da vida é uma realidade.  Na maioria dos casos de relacionamentos amorosos desfeitos ocorrem dentro de nós sentimentos de mágoa, de raiva, de antipatia.  Imaginamos como deveríamos ter agido, muitas vezes percebemos onde erramos, mas não há a volta;  a outra pessoa não nos quer mais.

Dufaux resume esse mal estar numa única palavra - culpa - "prisão mental e emocional". Para acabar com a culpa, a revisão de conduta faz-se necessária - há que se "organizar uma forma mais sensata e madura de olhar para o que aconteceu entre você e essa outra pessoa."

A culpa, embora muitos a considerem positiva, pois há o reconhecimento do erro, entretanto ela não é saudável - é uma das características ligadas ao orgulho - a não aceitação que erramos vez ou outra.  É essa aceitação que faz com que possamos ter uma vida mais leve, mais pacífica.

A ideia principal na quebra de um relacionamento é o que aprendemos com ele enquanto ele esteve em nossa vida.

A culpa ocorre quando acreditamos que nós fomos os responsáveis pelo rompimento.  Entretanto, existe também outro caso - aquele em que acreditamos que a outra parte foi responsável - nesse caso, o resultado pode ser atribuído a falta de coragem e humildade em reconhecer a nossa parcela de responsabilidade no rompimento.

Seja como for, há de se ter um contato saudável com essa culpa - olhemos para o passado, por um instante e veremos novamente que nada acontece por acaso - todos nossos encontros na vida não são fortuitos - são pessoas que encontramos em nossa jornada que nos enriquecem quando percebemos que a vida é boa de ser vivida e que ela torna-se mais leve quando aceitamos as pessoas como são e as perdoamos quando não desejem mais ter um relacionamento conosco.

Dufaux traz ao nosso conhecimento uma frase que achei profunda, verdadeira e belíssima: "Perdoar não é esquecer; é saber construir um novo olhar."

O novo olhar deve vir acompanhado de muito amor.  "Sem amor a vida perece, falta energia para viver."  Quando permanecemos "na esfera das más recordações, da mágoa, da infelicidade e da tristeza", estamos alimentando o "sentimento de injustiça e perda". Quando nos atemos a esses sentimentos em nossa vida por muito tempo, deixamos o amor se esvair de nós.

Quando permanecemos no clima da inconformação e da rebeldia, aumentamos nossas dificuldades íntimas e deixamos o amor esfriar.

"A vida fica muito mais leve quando você fixa a mente em algo bom das pessoas e escolhe parar de olhar e destacar suas imperfeições.  Quem ganha com isso é você."

Boa semana pessoal e boa reflexão!







 

Um comentário:

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