sábado, 23 de setembro de 2023

VIAJAR É PRECISO

Olá leitores,

Escrevi esse texto em Lambari-MG.  Minha irmã tem um sítio nessa cidade que era de meu pai - um lugar muito bonito, gostoso, cheio de verde, de pássaros e de muita tranquilidade.  Á noite é um silêncio sepulcral - MARAVILHOSO!

Meu marido e eu, quando tiramos férias, geralmente viajamos para o exterior e procuramos lugares diferentes - gostamos de novas paisagens, conhecer outras pessoas, experimentar comidas diferentes e abarcar novos conhecimentos de outras culturas.

Entretanto, dessa vez, resolvemos rever lugares já conhecidos, estar com a família, rir muito e descansar - bem, descansar para mim é andar pelo mato, admirar novos pássaros e animais, descobrir novas flores e árvores, trocar ideias.

Num dos dias passeamos muito até uma reserva que há perto do sítio e nos deliciamos revendo a cachoeira de Sete Quedas de Lambari.  Tem esse nome porque você sobre sete lances de encostas do morro.  A cada lance você vê a cachoeira de um ângulo diferente e de uma diferente queda.  Subir até a sétima queda é uma conquista.  A subida é íngreme. Mas foi um bom exercício para as pernas.

Assim, viajar é preciso para calibrar a mente, colocar o corpo para tomar sol, ouvir o som da mata, dos pássaros, refinar o olfato com o aroma de novas flores e apaziguar o espírito.

Entretanto, nem sempre há como estarmos longe de tudo e de todos - principalmente na viagem de ônibus até lá.  De Curitiba-PR para Lambari-MG, há que se tomar dois ônibus - um até São Paulo (6 horas e meia de viagem) e depois tomar um ônibus de São Paulo para Lambari (mais 4 horas e meia de viagem) - bastante cansativo, mas vale o esforço!

Eu costumo viajar todo primeiro sábado do mês para Sampa para realizar uma palestra, então já estou familiarizada com as peculiaridades de tal empreitada.  Todavia, desta vez foi surreal.

No percurso de Sampa para Lamba, nossos "companheiros" de viagem foram ao extremo.

O casal atrás de nós ligou o aplicativo "waze" como se eles estivessem no carro.  Eles iam para Pouso Alegre (uma cidade há 1 hora e meia de Lambari aproximadamente) e nós desfrutamos as direções do aplicativo "tantos quilômetros, vire à direita, depois de mais tantos quilômetros, vire à esquerda" etc. Na estrada não havia muita direção a ser tomada, mas quando entrou na cidade a coisa ficou "tosca".

Outra "companheira" de viagem sentada ao nosso lado, viajava sozinha, mas seu celular lhe fez companhia tocando música sertaneja razoavelmente em tom alto, durante a viagem até Pouco Alegre também.

Havia um senhor na frente que conversou o tempo todo, contando a passageira ao seu lado, fatos de sua vida - também durante todo o trajeto.

Felizmente todas essas criaturas "estranhas" desceram em Pouso Alegre.

Meu marido foi lendo e eu fui vislumbrando o trajeto pela janela. Não nos sentimos tão incomodados por tais figuras porque deixamos nossa mente "viajar" para outras paragens.  Muitas vezes somos chamados de antissociais porque gostamos de viajar em silêncio, tentando aproveitar esse tempo buscando uma conexão com nossos pensamentos e tentando clarear a mente do stress diário sem tentar controlar a própria viagem e dissipar nossas preocupações no percurso.

"Viajar é preciso" - não somente para outras localidades, mas também para fora de certos momentos como esses, surreais, do ônibus e buscar sair desses momentos do presente e "viajar" para o futuro ou para o passado, relembrando boas memórias.

Boa reflexão! Boa semana!





 

Um comentário:

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