Caros leitores,
Em continuidade ao livro de Lyle Rossiter, hoje discorreremos sobre a "Dependência e Competência na vida em comunidade". Como foi dito no primeiro texto dessa série, o homem deve ser independente, saber cuidar de si, mas também levar em consideração a convivência pacífica com seus iguais e deve, na medida do possível, cooperar com os outros na execução de algumas tarefas.
Assim, atualmente existem dois tipos de sociedades: "A sociedade fundamentada em princípios coletivistas onde o desenvolvimento da competência individual na população como um todo deve estar limitado para preservar uma relação dependente e submissa das pessoas para com um governo dominante" e "a sociedade livre fundamentada nos princípios individualistas onde o resultado apropriado do desenvolvimento de uma criança é uma pessoa adulta que é essencialmente autoconfiante: ela é minimamente competente para atuar economicamente, socialmente e politicamente através da cooperação voluntária numa comunidade de pessoas semelhantes, sob um governo constitucionalmente limitado." Cooperação Voluntária é "a habilidade para produzir e cooperar voluntariamente numa comunidade porque deseja, e não porque é forçado por uma autoridade governamental."
"A ordem social é (ou pelo menos deveria ser, eu entendo)uma consequência da cooperação e não da coerção."
Rossiter afirma que "A transformação de uma criança desamparada e dependente num adulto competente é uma das maravilhas da natureza humana." Uma vez "transformada" em adulto competente ela deve ter adquirido "padrões altos de comportamento ético e moral; capacidades auto regulatórias de uma consciência forte; capacidades instrumentais para trabalhar e se relacionar" e ter adquirido também a tal cooperação voluntária. Esses fundamentos que criam um adulto competente são adquiridos no início da infância.
A dependência total de um indivíduo, salvo algumas exceções, deve existir somente na infância, onde, como foi dito anteriormente, há a preparação para a competência e para que esse indivíduo possa interagir no meio social dando o seu melhor na sua área de atuação e também sendo ajudado em áreas que ele ainda desconhece - isso, na minha opinião, leva ao crescimento dele como ser humano mas também à evolução da própria humanidade. Portanto, a formação do caráter é imprescindível, onde caráter é "a disposição a agir com honestidade, integridade, responsabilidade, auto direcionamento e confiança nas interações com outros."
"Uma coisa especialmente destrutiva na busca da felicidade humana é o uso, pelo governo, da fraude ou da força física para violar a propriedade, os direitos contratuais e outras liberdades legítimas." "A destrutividade dos governos cresce a partir da concentração extraordinária de poder."
"Isto é verdade tanto quando o poder for tomado pela conquista como quando mantido pela tirania, ou autorizado pela confiança voluntária mas mal orientada do povo que, por ignorância, cede a autoridade indevida aos outros com base na ilusão de um contrato social inválido. Em qualquer um dos casos, os governos tendem inevitavelmente a explorar as massas. Independente de quaisquer alegações de propósitos nobres para o bem público, os oficiais do governo agem tipicamente sobre o que concebem ser seu interesse próprio. Mais frequentemente do que o razoável, eles desprezam o bem estar de longo prazo das pessoas a quem servem ostensivamente."
No próximo texto falaremos mais sobre a política social e o desenvolvimento infantil.
Até! Boa semana!
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