sábado, 2 de abril de 2022

AUTOAMOR

Olá leitores,

No texto de hoje traremos uma prioridade de nosso dia a dia que anda negligenciada ultimamente - o desenvolvimento da amorosidade a si próprio.

A escritora Ermance Dufaux nos traz grandes ideias sobre o autoamor em seu livro sobre como podemos aprender essa arte através dos ensinamentos de Jesus.  O livro é "Jesus - A inspiração das Relações Luminosas".  Em verdade, acredito que muitos filósofos e pensadores de todas as épocas da humanidade também têm sua parcela de contribuição no exercício do amor à nós mesmos.  Como exemplo temos Gandhi, Albert Schweitzer, Buda, Dalai Lama, Jung e tantos outros que também versaram sobre a importância de nos amarmos primeiramente para depois amarmos os outros.

Com certeza, Jesus trouxe a frase de maior impacto para compreender o autoamor: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo." Porém, bem antes de Jesus esse ensinamento já era lugar comum no mundo.

Os gregos diziam "Não façais ao próximo o que não desejais receber dele."

Os persas afirmavam: "Fazei como quereis que se vos faça."

Os chineses declaravam: "O que não desejais para vós, não façais a outrem."

Os egípcios recomendavam: "Deixai passar aquele que fez aos outros o que desejava para si."

Os hebreus doutrinavam: "O que não quiserdes para vós, não desejeis para o próximo."

Os romanos insistiam: "A lei gravada nos corações humanos é amar os membros da sociedade como a si mesmo."

Então se "deveríamos" amar o nosso próximo como amamos a nós mesmos, eu diria que temos nos amado muito mal.

Assim, hoje trago algumas "dicas" de como podemos exercitar o autoamor de uma maneira mais consciente.  Muitas vezes por causa de situações que passamos na vida nos tratamos mal, nos violentamos, e nem percebemos que fazemos isso; inconscientemente nos magoamos e justamente por isso acabamos também maltratando os outros.

Dufaux nos elucida que "o auto amor é capaz de criar uma vida mais leve e preenchedora de paz, é fonte geradora de saúde e bem-estar." No caminho do exercício do autoamor há a necessidade de desconstruir preconceitos e reexaminar comportamentos.

Nós humanos percorremos um longo caminho.  Desde o início quando ainda éramos puro instinto fomos apreendendo, pela força das circunstâncias, a sermos egoístas, pois necessitávamos sobreviver a um ambiente hostil, à luta com animais selvagens e até à luta com outros seres iguais a nós, pela necessidade de alimento e abrigo.  Depois, um pouco mais evoluídos, mas ainda muito instintivos, apreendemos o orgulho, o medo de que nossa prole fosse prejudicada, nos reunimos em tribos para melhor nos proteger e para preservar nosso território, acreditando que outros povos, outras tribos fossem inimigas, iniciamos as guerras.  Pouco a pouco evoluímos mais, descobrimos sensações, pensamentos, sentimentos.  Nessas descobertas muitos de nós, hoje, já entendem o que é  o amor.  Entretanto, muitos vícios derivados dos instintos, das sensações ainda existem dentro de nós pela força do hábito, embora hoje não haja mais a necessidade do orgulho e do egoísmo, são a vaidade, a inveja, o ciúme, a vingança - todos eles características que ignoram o amor.

A ideia de hoje é refletirmos sobre esses vícios negativos e colocarmos em seu lugar programações de afetividade, bondade, serenidade, mansuetude, tolerância, caridade - características estas que levam ao legítimo amor.

Essa amorosidade é conquistada pelo desejo de querermos ser mais amorosos, pela atitude própria do exercício e mais importante, pela vontade firme de realizá-lo.

Aqueles de nós que nunca paramos para pensar que talvez não nos amemos adequadamente, que nos tratamos mal, o livro traz algumas frases para reflexão.

Assim, meu texto de hoje termina com algumas dessas máximas:

"O amor é a maior expressão do bem."

"A conquista do autoamor é a base de relacionamentos sadios e duradouros."

"É necessário cultivar a autonomia como ponto fundamental da ética de conviver."

"O respeito aos limites pessoais é um guia seguro para a saúde das relações."

"Você trata intimamente os outros como trata a si mesmo."

"Você não muda ninguém.  Você apenas colabora com a mudança de quem decide mudar."

"Você não é responsável pelas escolhas de quem ama, mas pode influenciá-las."

"Amar não significa se anular em sacrifícios."

"Agradar a todos não é um caminho saudável nos roteiros da vida afetiva."

"Buscar a leveza nos relacionamentos é uma excelente meta para uma convivência madura."

"É necessário o desenvolvimento da capacidade de dizer "não" como sintoma de autopreservação."

"O prazer de dialogar é termômetro da boa qualidade dos relacionamentos."

"Enaltecer os valores um do outro é essencial à aplicação da amorosidade nos relacionamentos."

Boa reflexão!







Um comentário:

  1. Por muito tempo pensei que me cuidar antes de cuidar do outro era egoísmo, mas não entendia de que não poderia ajudar ninguém se eu não estivesse bem.

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