Olá leitores,
No texto de hoje traremos uma prioridade de nosso dia a dia que anda negligenciada ultimamente - o desenvolvimento da amorosidade a si próprio.
A escritora Ermance Dufaux nos traz grandes ideias sobre o autoamor em seu livro sobre como podemos aprender essa arte através dos ensinamentos de Jesus. O livro é "Jesus - A inspiração das Relações Luminosas". Em verdade, acredito que muitos filósofos e pensadores de todas as épocas da humanidade também têm sua parcela de contribuição no exercício do amor à nós mesmos. Como exemplo temos Gandhi, Albert Schweitzer, Buda, Dalai Lama, Jung e tantos outros que também versaram sobre a importância de nos amarmos primeiramente para depois amarmos os outros.
Com certeza, Jesus trouxe a frase de maior impacto para compreender o autoamor: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo." Porém, bem antes de Jesus esse ensinamento já era lugar comum no mundo.
Os gregos diziam "Não façais ao próximo o que não desejais receber dele."
Os persas afirmavam: "Fazei como quereis que se vos faça."
Os chineses declaravam: "O que não desejais para vós, não façais a outrem."
Os egípcios recomendavam: "Deixai passar aquele que fez aos outros o que desejava para si."
Os hebreus doutrinavam: "O que não quiserdes para vós, não desejeis para o próximo."
Os romanos insistiam: "A lei gravada nos corações humanos é amar os membros da sociedade como a si mesmo."
Então se "deveríamos" amar o nosso próximo como amamos a nós mesmos, eu diria que temos nos amado muito mal.
Assim, hoje trago algumas "dicas" de como podemos exercitar o autoamor de uma maneira mais consciente. Muitas vezes por causa de situações que passamos na vida nos tratamos mal, nos violentamos, e nem percebemos que fazemos isso; inconscientemente nos magoamos e justamente por isso acabamos também maltratando os outros.
Dufaux nos elucida que "o auto amor é capaz de criar uma vida mais leve e preenchedora de paz, é fonte geradora de saúde e bem-estar." No caminho do exercício do autoamor há a necessidade de desconstruir preconceitos e reexaminar comportamentos.
Nós humanos percorremos um longo caminho. Desde o início quando ainda éramos puro instinto fomos apreendendo, pela força das circunstâncias, a sermos egoístas, pois necessitávamos sobreviver a um ambiente hostil, à luta com animais selvagens e até à luta com outros seres iguais a nós, pela necessidade de alimento e abrigo. Depois, um pouco mais evoluídos, mas ainda muito instintivos, apreendemos o orgulho, o medo de que nossa prole fosse prejudicada, nos reunimos em tribos para melhor nos proteger e para preservar nosso território, acreditando que outros povos, outras tribos fossem inimigas, iniciamos as guerras. Pouco a pouco evoluímos mais, descobrimos sensações, pensamentos, sentimentos. Nessas descobertas muitos de nós, hoje, já entendem o que é o amor. Entretanto, muitos vícios derivados dos instintos, das sensações ainda existem dentro de nós pela força do hábito, embora hoje não haja mais a necessidade do orgulho e do egoísmo, são a vaidade, a inveja, o ciúme, a vingança - todos eles características que ignoram o amor.
A ideia de hoje é refletirmos sobre esses vícios negativos e colocarmos em seu lugar programações de afetividade, bondade, serenidade, mansuetude, tolerância, caridade - características estas que levam ao legítimo amor.
Essa amorosidade é conquistada pelo desejo de querermos ser mais amorosos, pela atitude própria do exercício e mais importante, pela vontade firme de realizá-lo.
Aqueles de nós que nunca paramos para pensar que talvez não nos amemos adequadamente, que nos tratamos mal, o livro traz algumas frases para reflexão.
Assim, meu texto de hoje termina com algumas dessas máximas:
"O amor é a maior expressão do bem."
"A conquista do autoamor é a base de relacionamentos sadios e duradouros."
"É necessário cultivar a autonomia como ponto fundamental da ética de conviver."
"O respeito aos limites pessoais é um guia seguro para a saúde das relações."
"Você trata intimamente os outros como trata a si mesmo."
"Você não muda ninguém. Você apenas colabora com a mudança de quem decide mudar."
"Você não é responsável pelas escolhas de quem ama, mas pode influenciá-las."
"Amar não significa se anular em sacrifícios."
"Agradar a todos não é um caminho saudável nos roteiros da vida afetiva."
"Buscar a leveza nos relacionamentos é uma excelente meta para uma convivência madura."
"É necessário o desenvolvimento da capacidade de dizer "não" como sintoma de autopreservação."
"O prazer de dialogar é termômetro da boa qualidade dos relacionamentos."
"Enaltecer os valores um do outro é essencial à aplicação da amorosidade nos relacionamentos."
Boa reflexão!
Por muito tempo pensei que me cuidar antes de cuidar do outro era egoísmo, mas não entendia de que não poderia ajudar ninguém se eu não estivesse bem.
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